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Melhor mandante, Bahia sofre com cobrança forte de torcedores

Melhor mandante da Série B, tricolor tem 83% de aproveitamento na Fonte Nova e vai encarar o Bragantino nesta sexta-feira (11)

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10/09/2015 às 10:36 • Atualizada em 30/08/2022 às 11:03 - há XX semanas
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A relação entre o torcedor e seu clube de coração é como um casamento eterno, ao menos para aqueles que não desistem do amor. Há dias em que está tudo bem, dias em que está tudo mal e outros em que as partes, definitivamente, não se entendem. É aí que entra a famosa DR, ou discussão de relacionamento. O Bahia e o torcedor tricolor estão em DR há algum tempo na Série B.
Se, por um lado, a razão aponta que a equipe faz bem seu trabalho de casa - é o melhor mandante da Série B, invicto e com 83,3% de aproveitamento -, por outro, o sentimento expresso nas vaias dos torcedores nos dois últimos jogos na Fonte Nova é de que o time não convence nem dá segurança.
Na vitória por 1x0 contra o Macaé, terça-feira, o filme se repetiu. Três pontos na tabela e vaias após o apito final. “O que a gente precisa é que todo mundo reme do mesmo lado”, afirmou o meia Tiago Real após o embate contra os cariocas, pedindo apoio do torcedor durante os 90 minutos.
A torcida recebeu elogios do técnico Sérgio Soares, que admitiu que o grupo sentiu a pressão que vem das cadeiras da Fonte Nova. “Nós estamos vivendo um momento emocional difícil”, comentou o treinador após o jogo.

Cena de torcedores reclamando se repete a cada jogo do Bahia na Fonte Nova
(Foto: Williams Vieira/EC Bahia/Divulgação)

Momento difícil motivado pela eliminação com goleada para o Sport na Sul-Americana e por tropeços que chegaram a tirar o Bahia do G-4 na Série B, posto recuperado após a vitória sofrida sobre o Macaé. O tricolor está em quarto.
Ao menos, o fato da torcida vaiar o time só depois do apito final foi uma melhora, na visão do treinador e dos jogadores, em relação à partida contra o CRB, no dia 1º, em que o Bahia abriu 2x0, cedeu o empate e só conseguiu o triunfo aos 48 minutos do 2º tempo. As vaias começaram cedo, dirigentes foram alvo de copos de cerveja e jogadores saíram de campo discutindo com torcedores.
Quem vê esse cenário de longe não imagina que o Bahia é o melhor mandante da Série B e está dentro G-4, objetivo maior do clube no ano. Nem que a criticada defesa é a terceira menos vazada do campeonato, com 22 gols (Botafogo levou 19 e Vitória 21).
O diagnóstico pode ser fruto da frustração após um primeiro semestre de bom futebol com a queda de produção da equipe neste segundo semestre. “O torcedor ficou chateado e a gente entende. Tivemos algumas partidas fora que o torcedor se aborreceu e a gente tem que fazer o melhor para ele voltar”, analisa Soares. Ainda assim, com apenas 6.548 pagantes contra o Macaé e 6.383 diante do CRB, o Bahia segue com a melhor média de público da competição, com 16.722 torcedores por jogo.
Nova chance
Time e torcedor terão mais uma chance de fazer as pazes amanhã, às 19h, quando o Esquadrão recebe o Bragantino. O adversário, que já brigou contra o rebaixamento, engatou três triunfos seguidos e está em sétimo, com 37 pontos, quatro a menos que o Bahia.
Sérgio Soares poderá contar com Zé Roberto, que cumpriu suspensão, e só terá o lateral Adriano, ainda se recuperando de lesão, como desfalque. O zagueiro Gustavo precisa ser regularizado até hoje para ficar disponível. O Bahia tenta contratar o meia Rodriguinho, do Corinthians. No entanto, as duas diretorias ainda não chegaram a um entendimento.
Correio24horas

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