Aquele gol do Dique tem história. Feras como Beijoca, André Catimba, Ricky, Osni e tantos outros se consagraram por ali. O tempo passou e, por incrível que pareça, hoje está nos pés de um volante nada acostumado com o perfil de goleador a sabedoria para balançar aquela rede: Michel, artilheiro da nova Fonte com dois gols, ambos feitos à direita das cabines de imprensa. Com duas vitórias, dois gols e três jogos na Arena, Michel retorna ao estádio no domingo para mais um Ba-Vi, agora de caráter decisivo válido pela primeira partida da final do Baiano – o jogo de volta será dia 19, no Barradão. Mesmo sendo o artilheiro da Fonte ao lado de Zé Roberto, do Bahia, Michel prefere não se comprometer. “Se tiver uma oportunidade, sobrar uma bola, vou ficar feliz. Carregar esse status não faz parte do meu dia a dia. Nunca fui de fazer muito gol. Carregar o status de artilheiro da Fonte Nova me impressionou”, comenta.
É fácil de entender porque o próprio Michel diz que não é muito familiarizado coma artilharia. Titular desde o estadual do ano passado, com os dois gols nos clássicos, ele alcançou a marca de quatro tentos em um ano e cinco meses na Toca do Leão. Fora esses dois, fez um no Baiano e outro na Série B, ambos em 2012. Pra esse Ba-Vi, a probabilidade de gol diminui, já que Luís Alberto, ausente no último clássico, vai pro jogo.E quando o camisa 8 titular está em campo, cabe a ele a tarefa de subir mais e ir para a área em cobranças de falta e escanteio, como originou o gol de Michel no triunfo por 2x1 no último clássico. “No segundo Ba-Vi, eu fui pro escanteio, Talisca tava marcando, dominei e fiz. Luís Alberto voltando fico mais atrás”, comenta. EX-CARNICEIRO - O caráter decisivo nos clássicos deste ano bancou a afirmação de Michel em 2013, que começou pra ele comuma lesão muscular ainda na pré-temporada. O imprevisto lhe custou a reserva na Copa do Nordeste para Rodrigo Mancha, que acabou saindo para o futebol japonês no início das férias forçadas de 28 dias devido à eliminação. Veio o Baiano e Michel agarrou a chance com lealdade. Em nove jogos, não levou um cartão. “Posso ganhar um jogo, mas chego em casa e paro pra pensar no que eu podia fazer melhor. No Ceará, tomei 15 amarelos na Série A (2010) e fui chamado de ‘Carniceiro do Brasileirão’. Quando venho pra cá, é raro levar e tem gente que reclama...”, diverte-se.
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