Na sequência sem perder, Vitória faz mais gols no 1° e Bahia no 2° tempo

O que você pode fazer logo, não deixe pra depois! O Vitória faz assim, o Bahia não. Pelo menos, essa é a impressão que fica ao bisbilhotar os números da dupla Ba-Vi, em suas respectivas sequências de invencibilidade no Campeonato Baiano.

Na construção das sete vitórias seguidas, 70% dos gols do Vitória saíram no primeiro tempo. Ao todo, foram 17 gols, sendo 12 deles antes dos 45 minutos iniciais.

Do lado do Bahia, o desempenho é totalmente diferente. Na série invicta de oito partidas pelo Baiano, 62,5% dos gols foram feitos no segundo tempo. Ao todo, foram seis na primeira etapa e os outros dez na volta do intervalo.

Ritmo - De uma forma ou de outra, o lance tem dado certo até demais. Com nove pontos conquistados, o rubro-negro é líder isolado do Grupo 4. E o Tricolor, com sete, está na ponta do Grupo 3.

As explicações também são bem opostas. Pra Antonio Lopes, o time sofre muito fisicamente pra marcar sob pressão, fazer os gols no início e depois fica difícil para manter o mesmo ritmo. "Essa questão já foi assunto de conversa entre nós. A gente adianta a marcação, coloca os volantes à frente da risca central pra marcar firme. Mas nenhum time do mundo consegue manter esse ritmo por 90 minutos. Ainda bem que o gol está saindo logo", explica o delegado.

Do lado Tricolor, quem explica é o zagueiro Titi: "Isso mostra o quanto evoluímos. Estamos bem preparados e isso pode servir como arma". Para o capitão, a chegada do técnico Vágner Benazzi também foi um fator fundamental. "O ânimo cresceu e ele sabe mexer com o emocional do jogador. A concentração do time melhorou", conta.

O centroavante Rafael volta a encher a bola do comandante Benazzi. Segundo o Gladiador, as broncas durante o intervalo são essenciais para acordar o time, às vezes sonolento no 1° tempo. "Aproveitamos para bater um papo e acertar os erros cometidos. Ainda bem que estamos voltando bem melhor e os gols estão saindo", afirma ele, para depois concluir. "O importante é vencer, não importa o tempo", brinca.

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 1º de abril de 2011