O atacante Neto Baiano dormiu tarde na noite de quarta por causa do jogo contra o Juazeiro, mas ontem foi acordado às 8 da manhã pela esposa Patrícia. Ela estava assustada com o noticiário. Pela tevê, os dois viram o Japão ser devastado após um terremoto de 8,9 graus de magnitude (o mais forte já registrado no país), seguido de tsunami.
Neto e a família moraram na cidade de Chiba, no Japão, durante um ano e meio, enquanto o atacante estava emprestado ao JEF United. Voltaram ao Brasil no íncio do ano, mas Neto chegou a abandonar a Toca, porque queria voltar a jogar no Japão. Como o Vitória não liberou, ele foi obrigado a retornar ao clube baiano para cumprir contrato. "Pensei bastante em como o pessoal deve estar e como eu estaria se estivesse lá. Mas Deus não permitiu que eu estivesse lá".
Neto tentou entrar em contato com os amigos por telefone, mas só conseguiu ter notícias através da internet. "Liguei pro Alex e pro Alan, jogadores que são meus amigos, e também pro Rodrigo, que era meu tradutor lá, mas não consegui falar com ninguém. O telefone não chamava, mas pelo facebook vi que todo mundo está bem", alivia-se.
Neto também contou que durante sua passagem no Japão presenciou muitos terremotos. "Constantemente tem tremor lá e sempre falavam que um desses poderia acontecer", lembra o centroavante. Uma das consequências do terremoto chamou a atenção dele: o incêndio na usina de Chiba. "Era perto do estádio onde eu jogava". Por conta da catástrofe, a segunda rodada do Campeonato Japonês foi adiada.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 12 de março de 2011
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!