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Baianos repercutem decisão de estender bolsa atleta a esportistas consagrados

Através do Ministério do Esporte, Governo Federal muda lei para permitir benefícios a atletas que já contam com patrocínio

• 19/03/2012 às 17:54 • Atualizada em 14/09/2022 às 1:48 - há XX semanas

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O Bolsa Atleta, programa do governo federal de patrocínio individual a esportistas, vai ser agora estendido a atletas consagrados, mesmo que já recebam patrocínio. Durante cerimônia na manhã de segunda, dia 12 de março, no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, destacou que o programa vai destinar R$ 60 milhões para atender 4.243 atletas este ano, de 53 modalidades que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos. No ano passado, esse valor foi de R$ 44 milhões.Com isso, nomes como Maurren Maggi e Fabiana Murer (atletismo), Diego e Daniele Hypólito (ginastas), Tiago Camilo (judô) e Robert Scheidt (iatismo) passam a ser apoiados pelo programa. Antes, a maioria desses atletas não se candidatava à bolsa porque a lei não permitia o benefício para atletas que já contassem com patrocínio individual. Para os atletas olímpicos e paraolímpicos, o valor mensal do Bolsa Atleta é R$ 3,1 mil.“O programa Bolsa Atleta nasceu com essa ideia inicial de que quem tinha patrocínio não precisaria da bolsa, mas vimos que a realidade não é bem essa já que o patrocínio, às vezes, dura um período pequeno de tempo”, explicou Ricardo Leyser, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento. Para o judoca Tiago Camilo, medalhista olímpico e atleta que conta com patrocínios, a bolsa é importante principalmente para os atletas que não têm clubes ou apoio. “Quando comecei a minha carreira, contava com o apoio dos meus pais, o chamado 'paitrocínio'”, brincou.“É a primeira vez que vou ser contemplado. Antes não podia atleta patrocinado e por isso eu não tinha feito minha inscrição no programa. Mas isso [a bolsa] vai complementar minha estrutura de trabalho e de treino, possibilitando melhor preparação”, disse Camilo. Segundo ele, o governo federal precisa ter uma política pública muito forte para fomentar e difundir o esporte no Brasil. “O resultado é consequência do investimento. Quanto maior for o investimento dos clubes e dessa massa de investidores, maior é o resultado [do atleta]”, acrescentou. O programa Bolsa Atleta existe desde 2005 e atende esportistas que tenham obtido bons resultados, independentemente de sua condição financeira. “Temos um critério absolutamente técnico: é o resultado esportivo que permite ao atleta receber a bolsa”, explicou Leyser. Do total de atletas que serão apoiados pelo Bolsa Atleta este ano, 1.744 são mulheres e 1.184 são atletas paraolímpicos. Segundo o ministério, há atletas de todas as unidades da federação, com exceção do Acre. Atletas baianos repercutem a decisão do Ministério do Esporte. Confira as declarações abaixoEdvaldo Valério, ex-nadador e medalhista de bronze em Sydney, em 2000
É interessante, válido. É um assunto polêmico, pode ser interpretando de diversas formas. Eles têm chances de ganhar medalha. Maurrem foi medalhista, representa bem o Brasil. Nada impede, mesmo com o patrocínio. Alguns atletas que não são favorecidos podem se sentir incomodados com a decisão. Já fui atleta profissional, passei dificuldades. Parei porque não estava disposto a lutar por patrocínio. Por isso que defendo essa ideia. Fui medalhista e nem por isso tive patrocínio. Mesmo ele tendo e por mais que seja superior, acho válido o governo apoiar. Thiago Pombo - Triatleta e campeão brasileiro de Triatlo
Eu acho uma iniciativa muito interessante. Mas do mesmo modo que vai ajudar os atletas que já estão na ponta, por que não incetivar aqueles que ainda podem crescer? Hoje eu estou no dilema de parar por falta de patrocínio. Eu acho mais interessante ajudar atletas mais novos, até para que possa renovar o ciclo no esporte. Será que esses atletas que já têm bons patrocínios têm necessidade de ter um outro benefício, que nem é tão grande assim? É algo para se pensar. Verônica Almeida, nadadora para-atleta e primeira medalhista feminina brasileira da natação Paraolímpica
Eu sou uma atleta que tem patrocínio e não tinha a bolsa. Acho que essa mudança do bolsa atleta veio realmente para somar. Essa coisa de não poder ter o benefício por ter patrocínio não correspondia com a responsabilidade. Um atleta de alto rendimento não consegue sobreviver só com o bolsa atleta, são muitos gastos que passam desses R$3.1 mil (valor da bolsa atleta na categoria pódio). Eu acho que é mais uma ajuda. Só veio pra melhorar. Inclusive todos os amigos atletas com quem eu tenho conversado compartilham dessa opinião.Éverton Lopes - Boxeador e campeão mundial de Boxe
Eu acho que para gente foi uma excelente decisão. Hoje em dia preciso muito de suplementos, academia... E tenho que que tirar do próprio bolso para pagar essas coisas. Foi muito bom. Eu estou sem patrocínio individual e estou tendo que me manter. O único patrocínio que eu recebo é pela Seleção. Agora eu quero muito poder fazer essas coisas. São muitos gastos e você ainda pensa em poder ajudar a família.

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