Redação Goal
O clube também tenta diminuir as outras sanções da Conmebol: a pena de US$ 200 mil (cerca de R$ 600 mil), quatro jogos com portões fechados e quatro partidas sem torcida como visitante.
"Nosso foco é reverter a eliminação. Isso é o principal. Nosso recurso se baseia nos precedentes, no princípio da proporcionalidade. São quatro penas muito pesadas. Foi muito desproprocional, especialmente na pena capital. Foi desproporcional com o que aconteceu. Nós fomos punidos pelo drone também e eu falo que não há comprovação de onde ele saiu", afirmou o advogado Eduardo Carlezzo a ESPN.
"E quando ele [drone] pousou o jogo estava parado, não houve prejuízo esportivo, nem de lesão a nenhum dos atletas. São 17 páginas, 12 a 14 horas de trabalho em cima disso. Nosso trabalho foi o tempo todo de colaboração. A Conmebol reconhece isso. Todo investimento que o Boca fez de segurança tem de ser reconhecido. Foi gigantesco. Foram mais de 1040 policiais e 200 privados para trabalhar. E foram 150 pessoas da Prefeitura. O que o clube podia fazer ele fez", concluiu.
Enquanto a Conmebol avalia o recurso, La Bombonera segue interditada e sendo investigada. E quem lidera as investigações é o promotor geral de Buenos Aires, Martín Ocampo, que também é ex-advogado das empresas do presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici. A informação é da Télam, agência de notícias oficial da Argentina.
Ainda segundo a Télam, um dos filhos do promotor é afilhado de Angelici e Ocampo chegou ao posto atual por meio da influência do mandatário xeneize na Justiça da capital. O prefeito de Buenos Aires é Mauricio Macri, um dos maiores dirigentes da história do Boca Juniors e postulante à eleição presidencial deste ano.
No entanto, pelo menos por enquanto, a proximidade não tem afetado as decisões de Ocampo. Ele garantiu que os portões de La Bomboneta seguirão fechados até que as investigações sobre o acontecimento sejam encerradas.
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