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Colunista critica patrocínio 'casado' da dupla BaVi; saiba mais

Para Marcelo Sant'Ana, maneira como nascem as casadinhas faz a dupla BaVi perder dinheiro. Times fecharam com a Magazine Luiza

• 13/12/2012 às 13:41 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:51 - há XX semanas

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Magazine Luiza: patrocinadora da dupla BaVi a partir de 2013
A dobradinha BaVi segue no marketing. Quarta, os rivais fecharam patrocínio com a empresa Magazine Luiza por um ano. A marca paulista será estampada na barra da camisa e no calção dos jogadores em 2013. O lançamento oficial aconteceu nesta quinta, às 10h, no Hotel Pestana, no Rio Vermelho. Vale lembrar que os clubes têm também o mesmo patrocinador master (OAS).Repórter e colunista do Correio*, o jornalista Marcelo Sant'ana criticou a 'casadinha', prática comum no futebol brasileiro e principalmente com Bahia e Vitória. Sant'ana defende que os clubes precisam ir atrás de patrocínio e não somente ser alvo do mercado. "Aqui, a maneira como nascem as casadinhas faz a dupla Ba-Vi perder dinheiro".Veja a coluna de Marcelo San'tana, publicada no jornal Correio* nesta quinta-feira, dia 13 de dezembro 2012"Bahia e Vitória assinaram contrato de patrocínio com a Magazine Luiza. Vai ser o quinto patrocínio em comum para os rivais, após OAS, Petrobras, Brahma e TIM. No Brasil, em cidades com duas forças dominantes, é comum haver esta casadinha, especialmente no patrocínio máster. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter têm o Banrisul há 15 anos, parceria mais longa do futebol brasileiro, além de Tramontina e Unimed e, em Belo Horizonte, Cruzeiro e Atlético-MG carregam o BMG. Nada tão excessivo como em Salvador. Aqui, a maneira como nascem as casadinhas faz a dupla Ba-Vi perder dinheiro. O caminho natural do patrocínio é o clube elaborar um plano comercial, com informações institucionais, retorno de mídia, banco de dados de sócios-torcedores, prazos e valores. Depois, fazer uma lista com potenciais interessados e criar estratégias com pontos exclusivos para fechar o acordo. Contatos através de diretores, conselheiros ou de uma agência são importantes. O sucesso no contato inicial dá início à negociação, que é a fase mais demorada, naturalmente. Mas, com Bahia e Vitória, claramente são os patrocinadores que buscam os clubes. Isso não é ruim. Ser procurado mostra que a marca (ou o clube) tem valor de mercado. O problema - e o que preocupa - é que, exceto o fornecedor de material esportivo e o patrocinador do ombro, todos os outros são iguais. Significa que a ação de fechar um patrocinador tem sido no sentido de fora pra dentro. Que o interesse do mercado na dupla Ba-Vi tem peso maior que as investidas de Bahia e Vitória atrás de parceiros. E quem faz negócio sabe que, geralmente, quem toma a iniciativa leva vantagem. Quem dá o primeiro passo já imaginou um cenário de possibilidades e se preparou para respostas positivas ou negativas da outra parte. As ações são mais racionais, após análise da concorrência e de quanto vale a propriedade e de quanto se quer por ela. Não ter a rivalidade como um obstáculo para ações em conjunto é digno de elogios. Hoje, por exemplo, a Magazine Luiza fará o anúncio oficial com dirigentes dos dois clubes. O problema é a falta de alternativas. Os patrocínios casados são comuns há tempos. Quem esquece os anos com a Fiat (e Novo Palio)? A relação dos patrocinadores com Bahia e Vitória parece ser a de "é pegar ou largar". Por que, se os rivais são diferentes e têm características específicas, os patrocínios têm que ser tão iguais? Talvez por receio dos clubes de bater o pé, de marcar posição e mostrar que o investimento pode e deve ir além da questão geográfica e do resultado em campo. Que a parceria será uma ferramenta de comunicação completa. E não só uma estratégia de retorno de mídia ou de evitar rejeição no local. Aliás, a ideia de rejeição perde peso em um mundo cada vez mais plural, global e multicultural. Ou o torcedor do Bahia deixa de ir comer no Habib’s ou usar Pênalti exclusivamente por um patrocínio ao Vitória? Também duvido que qualquer número significativo de rubro-negros não use mais Nike ou compre na Netshoes por conta do suporte financeiro aos tricolores. Essa barreira que a rejeição dentro da cidade é determinante já não existe na Europa faz tempos. Veja as camisas de Real e Atlético de Madrid, na Espanha; de Inter e Milan, na Itália; ou de Manchester United e City, na Inglaterra. Aliás, até em Salvador essa ideia já foi menosprezada. O patrocínio do Exxel ao Vitória e da Hyundai ao Bahia, ambos na década de 1990, mostraram que o torcedor baiano tem outras preocupações. A sociedade enxerga o mundo por janelas bem maiores. Fica até chato isso de um rival ter a camisa igualzinha à do outro. Dia destes, Bahia e Vitória, bonitos também pelas suas diferenças, vão ser um clube só. Sem preto ou azul. Só vermelho e branco."Veja outros textos de Marcelo Sant'Ana no jornal Correio*

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