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ESPORTES

Omar curte dia de herói e lembra início difícil na carreira

Arqueiro substituiu Lomba, que não foi regularizado a tempo de pegar o Galo, e fez grandes defesas no empate fora de casa

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08/06/2012 às 9:18 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:48 - há XX semanas
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Omar recebe elogios de Lomba e do preparador Ricardo Palmeira
Ele tinha tudo para ser um grande jogador de vôlei. Mesmo com 1,95m e mãos dignas de um bloqueador, Omar optou pelo futebol, para alegria dos torcedores do Bahia. Na última quarta, diante do Atlético Mineiro, o goleiro fez verdadeiros milagres. No último minuto, duas defesas no puro reflexo. "Senti um alívio quando vi que a bola não entrou. Estava atento e também tive um pouco de sorte",lembra ele. No lance, a bola ainda bateu no travessão. Um dia após o jogo, ao contrário de muitos, o jogador de 22 anos preferiu curtir os momentos de herói ao lado da família, em Lauro de Freitas. Na casa do sogro Hamilton Santiago, que é torcedor do Vitória, Omar se diverte. "Vim pra bater nele no dominó. Aqui é onde me sinto acolhido", diz o goleiro, cheio de graça. Os pais dele continuam em São Paulo, cidade natal. Elisa Constante, a mãe, foi a maior incentivadora para que Omar continuasse no futebol, mesmo após passar por 15 clubes nas categorias de base. "Ela jogou vôlei profissional pelo Flamengo. Até tentou me levar pro esporte, mas eu não tinha jeito nenhum. Aí fui para o futebol mesmo". Em 2008, após rodar por várias partes do país, Omar deixou a bola para ficar com a mãe em Trancoso. Por lá, vendeu até queijinho na praia para conseguir uma grana a mais. "Tinha um campeonato na cidade que custava R$ 30. Minha mãe me ajudou a pagar. Lá fui apresentado a um rapaz que era conhecido do Newton Mota (atual coordenador das categorias de base do Bahia). Fui pro Cruzeiro e depois vim pra cá". Noclube desde 2009, Omar fez 46 jogos. Nesse ano, 12 partidas, com oito triunfos e quatro empates. Invicto! O rendimento, apesar disso, ainda não é suficiente para garantir vaga no time. Marcelo Lomba, ídolo da torcida, acabou de renovar o contrato até dezembro de 2014 e será o dono da camisa 1 no jogo contra o Vasco, domingo. Omar não se sente incomodado por isso e sabe que a sua hora vai chegar um dia. Ele faz questão de elogiar o companheiro. "Nossa relação é muito boa. É uma luta sadia, com um sempre colocando o outro para cima. No Bahia não existem só 11 titulares", diz. Lomba retribui o carinho. "Fico feliz pelo Bahia ter dois grandes goleiros. Omar é um amigo que eu tenho e todos os dias estamos juntos, querendo o melhor para o clube". O preparador de goleiros do Bahia, Ricardo Palmeira, um dos responsáveis pela boa fase dos dois paredões, fala sobre as qualidades de Omar. "Ele é calmo, sai bem do gol e tem uma elasticidade muito boa. Hoje, o Bahia está bem servido na posição", garante. Os torcedores agradecem. Time - O técnico Falcão terá que improvisar mais uma vez. Os laterais Coelho e Madson ainda reforçam a musculatura na academia e estão fora do jogo diante do Vasco. Assim como os dois, o meia Morais e o atacante Souza estão sendo preparados pra partida contra o Sport, no próximo dia 17, em Pituaçu. Problema. Veja também Autor do gol de empate em BH, Fahel pede "mais coragem" ao time Tricolor vende promessa da base para grupo de investidores

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