Camacho tinha acabado de sair do exame antidoping quando recebeu uma ligação. "Era minha mãe dizendo que o gol foi bonito". Dona Rita é daquelas mães corujas e tava toda orgulhosa do golaço que o filho havia marcado naquela noite pra garantir o empate em 1x1 contra o Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil.
Como mora no Rio de Janeiro, ela sempre escuta aos jogos pelo rádio, através da internet. Dessa vez, quando soou o apito final, fez questão de conferir o vídeo com os melhores momentos.
Camacho fez o mesmo. "Vi na internet e depois de novo pela tevê no Globo Esporte", disse o meia de 21 anos. Não teve dúvidas. O sexto gol da carreira - dois pelo Flamengo e quatro pelo Bahia - foi também o mais bonito. "Foi sim. A bola sobrou, já tavam vindo dois jogadores do Atlético. Ou subia ou ia no gol". Foi em cheio no gol. Um chutaço, da entrada da área, aos 39 minutos do segundo tempo.
Estava à vontade, jogando como terceiro homem de meio-campo, como gosta. "É minha posição de origem. Prefiro jogar vindo de trás do que de costas pro volante". Foi a segunda vez que atuou nessa posição no Bahia. A outra foi no estadual, quando o time venceu o Camaçari por 2x0, também em Pituaçu.
Ligado no chefe - Camacho fez a alegria de Dona Rita, da torcida tricolor e, de quebra, chamou a atenção do novo treinador. René Simões viu tudo pela tevê e ele estava ligado nisso. Foi um incentivo a mais? "Lógico, a primeira impressão é a que fica. Ele tava vendo o jogo pela tevê e é sempre bom mostrar serviço pra treinador novo", admitiu.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 15 de abril de 2011
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