É cada uma que se vê no futebol... Quinta passada, o Vitória resolveu fazer um jogo-treino pra testar o time, de férias desde 17 de fevereiro. Do outro lado, o Botafogo, uma espécie de filial rubro-negra, usou o bate-bola como um esquente para a rodada decisiva da primeira fase do Baiano. Com 12 atletas cedidos pelo Vitória, poderia se classificar ou até mesmo ser rebaixado. Veio o domingo e o alvirrubro trocou Pituaçu, onde vinha mandando seus jogos, pelo Barradão. Deu certo: vitória por 3x1 sobre o Serrano e a última das cinco vagas para a segunda fase do Campeonato Baiano garantida. E tome mais um Leão e Botafogo, agora à vera, às 16h de sábado, no Barradão, no confronto que pode ser batizado de Vitória A x Vitória B. Além dos jogadores emprestados, o alvirrubro ainda conta com o técnico Ricardo Silva e o preparador físico Ednílson Sena, todos pagos pelo Vitória.
Dilema instaurado. Será que os atletas cedidos ao Botafogo não teriam problemas de atrapalhar os planos do clube que paga seus salários? “Eles vão querer nos mostrar que podem jogar aqui. São muitos jogadores que estavam com a gente há pouco tempo. Mas lá dentro não tem parceria. Dentro de campo, cada um defende a sua camisa”, garante Renato Cajá, aliviado com a punição de apenas dois jogos pela expulsão contra o Ceará. Apena será cumprida na Copa do Brasil.Como poderia pegar 180 dias de gancho devido à acusação de agressão ao árbitro Rodrigues Júnior, Cajá atuou só os 45 minutos iniciais do jogo-treino da semana passada. “Eles têm velocidade no ataque. Temos que tomar cuidado com linha de impedimento. Na ocasião, fizemos o gol só no final (acabou 3x2 Vitória). Deu pra perceber que a ideia é tocar e jogar com consciência”, faz uma análise do ataque botafoguense, que tem o apoio de William Henrique, dois gols no domingo.Difícil - Do outro lado, a preocupação de Ricardo Silva não é com a matriz. “A minha preocupação não é o Vitória. O Vitória está em dia com os jogadores que foram emprestados, mas os que são do Botafogo não estão recebendo. Tenho jogador lá que ganha menos de R$ 2 mil e nunca recebeu um real”, desabafa o comandante. Detalhe nada tranquilo de administrar. “Claro que pode influenciar. Minha preocupação é deixar os caras tranquilos. Às vezes, eu e Ednilson damos dinheiro pra eles colocarem gasolina pra poder ir treinar”, completa.
Técnicos se enfrentam pela primeira rodada da segunda fase do Campeonato Baiano |
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