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Pilotos foram do Rio Vermelho até a Barra |
Se Salvador é uma das etapas da Stock Car em circuito de rua, nada melhor que acelerar as máquinas no asfalto da cidade antes do ronco dos motores invadir o Centro Administrativo (CAB). Os baianos Patrick Gonçalves e Diego Freitas se juntaram a Max Wilson e Fábio Carbone para pilotar quatro carros da categoria na quarta-feira, entre o Largo de Santana, no Rio Vermelho, e o Farol da Barra. A carreata promoveu o GP Bahia, que acontece domingo, a partir das 9h35. E o rolé chamou a atenção. Ao ver os Stock Car, a administradora Vileide Ramos tratou de sacar a câmera fotográfica e disparar os flashes. "Achei lindo. Sou apaixonadíssima por carros", disse. A paixão de Vileide, que nasceu em Conceição do Coité, a 210 quilômetros de Salvador, surgiu quando ainda era jovem e o pai tinha um jipe Willys. Até por isso, não pestanejou quando foi perguntada se tinha coragem de dirigir uma das máquinas. "Claro! Dirijo caminhão, moto e até trator!". Funcionário de um restaurante da Barra, Anderson Oliveira, 20 anos, já não tem essa certeza. "Vou não. É muita velocidade, o coração não aguenta", afirmou o jovem, que esteve presente na estreia da Stock em Salvador, em 2009, e pretende ir ao circuito do CAB neste domingo. "Tirei fotos de todos os carros aqui, mas quero ver a corrida de perto", disse.
Chuva - O tempo fechado, com chuviscos e muito vento, serviu de ensaio para a prova de domingo, que tem previsão de pancadas de chuva. "De qualquer jeito que vier, a gente traça", divertiu-se Patrick. "Pode estar chovendo, pode estar seco. A chuva só vai ser mais um tempero desse prato especial que está sendo preparado", garantiu o piloto baiano da equipe Carlos Alves. Patrick correu duas etapas da Stock esse ano, mas pilota pela primeira vez em Salvador um carro da categoria principal. Em 2009, correu na Junior, e guiou na Mini Challenge em 2010 e 2011. Já Diego, que vai ter a segunda experiência na Stock, é mais cauteloso. "A visibilidade é pior. O carro já é difícil de guiar nas ruas e fica mais arisco. Qualquer erro é maior e pode acontecer mais fácil", opina. Ele acredita que a chuva pode até ajudá-lo a conseguir um resultado melhor que o 20º lugar de 2011. "Por ser menos experiente, posso ser mais arisco, me adaptar melhor à pista". Max Wilson, vencedor da categoria em 2010, lembra que no ano passado os treinos também aconteceram com chuva. São Pedro só abriu o sol durante o treino classificatório e a corrida. "Todo mundo que esteve aqui ano passado já tem uma boa experiência sobre como é andar na chuva aqui na Bahia", analisa. "O espetáculo vai ser sempre bonito, o público está sempre presente, então, faça chuva ou faça sol, a gente vai estar lá". Pois é, o ronco dos motores é alto com qualquer tempo.
Circuito de rua