Rildo será julgado na sexta e pode pegar 180 dias de suspensão

Rildo tentou chutar árbitro na derrota para o Boa por 1 a 0

Após 17 dias da agressão ao árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva, o atacante Rildo foi denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador do Vitória será julgado pela expulsão na derrota para o Boa Esporte, por 1 a 0, nesta sexta-feira (19), às 13h30, e pode pegar gancho de até 180 dias, além de mais 12 jogos de suspensão. O clube também pode ser punido com multa por conta da conduta do atleta.Rildo vai responder aos artigos 254-A §3º e 258 §2º II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O primeiro caracteriza "agressão física a árbitro" e a pena máxima é de 180 dias de suspensão.Já o segundo artigo - constituem exemplos de atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros: desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões - pode punir o atacante com seis jogos por cada infração. No caso de Rildo são duas (lançar a bola em direção ao árbitro e o chute), o que acarretaria em 12 jogos de suspensão, que só poderia ser cumprida depois da pena em dias.O Vitória foi denunciado no no artigo 258-D CBJD - "as penalidades de suspensão decorrentes das infrações previstas neste Capítulo poderão ser cumuladas com a aplicação de multa de até R$ 10 mil para a entidade de prática desportiva a que estiver vinculado o infrator".Veja também VÍDEO: veja a agressão de Rildo e a derrota do Vitória para o Boa EsporteRildo se desculpa por agressão e diz: "eu tentei chutar o cartão" Expulsão - No dia 30 de julho, o atacante Rildo foi expulso de campo na derrota rubro-negra para o Boa Esporte, por 1 a 0, no Barradão. No segundo tempo de jogo, Rildo foi derrubado por um marcador do Boa e caiu segurando a bola. O árbitro entendeu que o atacante rubro-negro cometeu infração ao tocar com a mão na bola. Ao levantar e ver que a falta contra o Leão havia sido marcada, o atacante se descontrolou e xingou o árbitro, além de arremessar a bola em direção ao sergipano. Cláudio Francisco, então, puxou o cartão vermelho e Rildo desferiu um chute contra ele, que só parou quando foi contido pelo meia Lúcio Flávio.Dias depois do ocorrido, o jogador tentou se defender e pediu desculpas. "Foi uma atitude impensada. Sei que o que eu fiz foi errado. Não tentei agredir o árbitro, eu tentei chutar o cartão vermelho dele e tentei bater a mão no amarelo que ele me deu. A gente tem que pensar e depois agir. Eu agi e depois pensei". Súmula - Na súmula da partida, o árbitro descreveu a jogada que resultou na denúncia da Procuradoria do STJD. "Aos 19 do segundo tempo, expulsei do campo de jogo o Sr. Rildo de Andrade Felicissimo, nº 11 da equipe do Vitória. Por, após a aplicação de um cartão amarelo a este jogador, o mesmo veio em minha direção e deu um tapa na tentativa de acertar a minha mão que estava com o cartão em punho. O jogador, após ser expulso, me agrediu com um chute acertando a minha perna direita. O atleta precisou ser contido e retirado do campo de jogo pelos companheiros", escreveu o árbitro. Cláudio Fransciso ainda lembrou do momento em que Rildo atirou a bola em sua direção. "Informo, em tempo, que o atleta expulso, antes da aplicação do cartão vermelho, jogou a bola em minha direção, porém, o quarteto de arbitragem não conseguiu identificar se foi para me atingir. O atleta foi expulso com aplicação do cartão vermelho direto. Eu, árbitro da partida, não precisei de atendimento médico após a agressão. Os fatos relatados aconteceram com a bola fora de jogo". Mais um - O volante Neto Coruja também será julgado na sexta-feira. O jogador do Leão foi expulso nos minutos finais da partida contra o Boa, após entrada dura em um adversário. Na súmula do jogo, o árbitro disse que ele foi expulso "por calçar um adversário na disputa de bola". O atleta vai responder ao artigo artigo 250 - praticar ato desleal ou hostil durante a partida - CBJD. Pena varia entre uma e três partidas. Rildo e Neto serão defendidos pela advogada Patrícia Saleão.