Souza, Dinei, Obina, Maxi Biancucchi, Nicácio, Adriano Michael Jackson... Que nada! O atacante de maior sucesso do Campeonato Baiano deixou o anonimato há pouco tempo. “Essa é a primeira vez que tô sendo o artilheiro de um campeonato”, vibra Rômulo, artilheiro do estadual com 12 gols, alguns belíssimos, como os dois contra o Bahia – um deles de bicicleta – e o do último final de semana, contra o Juazeiro, após deixar o zagueiro adversário sentado. O atacante do Bahia de Feira completa 23 anos amanhã, mas já tem algo a comemorar.
O faro de gol desse cearense de Parambu, a 400 km de Fortaleza, na fronteira com o Piauí, chamou atenção. Nesta semana, o futebol de Rômulo passou a ser gerenciado pela mesma empresa que administra a carreira de Jadson, do São Paulo, Liedson, do Porto, e o goleiro Felipe, do Flamengo.
A diretoria do Tremendão também já foi procurada. “Com certeza a gente vai negociar ele, mas não sabemos pra onde. Temos umas cinco propostas, mas não vou dizer de onde pra não especular. Tem clube e tem proposta de empresário pra colocá-lo em clube”, afirma o presidente do Bahia de Feira, Thiago Souza.
Ele explica o interesse do Bahia, manifestado em público pelo presidente Marcelo Guimarães Filho. “Um grupo de investidores nos procurou querendo colocá-lo no Bahia, mas a diretoria do Bahia não procurou. Não vou dizer qual pra não gerar especulação, pois não tem nada concreto”. A ideia da diretoria feirense é vender uma parte dos direitos econômicos e manter um percentual com o clube, confiante no sucesso futuro de Rômulo. “Emprestado ele não sai. Só vendendo. Atacante, 22 anos...”, completa Thiago.
Rômulo virou sensação este ano, mas já tinha mostrado a cara nos gramados baianos em 2012 – sem se destacar, também jogou o estadual passado no Bahia de Feira. “Eu ficava alternando com Carlinhos e não tinha sequência. Essa é a primeira vez que tenho sequência, pois desde a Taça Estado venho sendo titular. Isso dá confiança, e também esse ano botei na cabeça que já é hora de ver se é realmente isso que eu quero. Esse ano vim pra jogar e me destacar”, diz. Ele tem mais que o dobro de gols do vice-artilheiro Carlos, do Vitória da Conquista (cinco).
Rômulo jogou as 13 rodadas que o Bahia de Feira disputou. “Não pode dar brecha”, diverte-se, com a experiência de quem se firma em um time pela primeira vez. Começou a jogar bola aos 18 anos, na base do Ceará. Não foi aproveitado no profissional e seguiu para o Guarani de Juazeiro do Norte-CE. Em 2011, passou rapidamente pela Ponte Preta e foi tentar a sorte no exterior. Mas voltou do Nacional de Portugal sem conseguir estrear em solo europeu.
Após disputar a Série C daquele ano pelo Guarany de Sobral, o atacante chegou ao Bahia de Feira. “Quando eu voltei de Portugal, pensei em parar, mas esfriei a cabeça depois de conversar com meu pai”, revela o filho de seu Francisco.
Com contrato no Bahia de Feira até agosto de 2015, Rômulo garante não estar preocupado com as cores da próxima camisa. “Antes de começar a jogar, eu era doente pelo Flamengo. Agora tanto faz, não vou escolher time. Depois do campeonato, vamos ver o que tem de concreto. Agora só quero focar no campeonato”. Já que é assim, dá pra esperar mais gol domingo, contra o Feirense? “Vai ter mais gols sim, se Deus quiser”.
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