Todo árbitro sai de campo escoltado. É regra. Mas, domingo (20), em Pituaçu, o Batalhão de Choque da Polícia Militar precisou realmente entrar em ação. Após o apito final do Ba-Vi, jogadores e membros da comissão técnica do Vitória foram pra cima do árbitro Jailson Macedo Freitas.
“Time de pu... Time ruim, pequeno. Esse Bahia é uma vergonha”, brada Neto Baiano
“Jogamos contra 14. Acho que o regulamento do Baiano mudou”, declarou o goleiro Viáfara, com um sorriso irônico no rosto. A confusão começou no intervalo, quando Alison se queixou do lance que originou o primeiro gol do Bahia. Para o zagueiro, Jailson deveria ter marcado falta em Nino Paraíba. Acabou levando cartão amarelo por reclamação.
Uelliton, expulso no início do 2º tempo, também estava indignado. “Ele é descarado, ladrão, safado. Desde o primeiro tempo tá prejudicando a gente”, bradou o volante. Na arquibancada, os rubro-negros se manifestaram com palmas e gritos. “Ô, ô, ô, Jailson é tricolor”. Ou: “Não é mole não. Tem que roubar pra ganhar do meu Leão”.
O técnico Antônio Lopes, bem mais experiente, ficou preparado. Ao ouvir o apito final, correu pra dentro de campo. Chegou em Jailson antes da polícia, mas logo foi barrado pela Choque. Na entrevista coletiva, foi cauteloso com as palavras. “Eu acho que os dois gols foram ilegais. A arbitragem prejudicou redondamente a equipe do Vitória. Não vou dizer que houve má fé, mas houve um favoritismo”, comentou Lopes.
Já a diretoria do Vitória não teve papas na língua. Esperou Jailson na entrada do vestiário e soltou o verbo, usando vários palavrões. “Vagabundo, seu sacana. Você queria botar o Bahia no jogo, não foi isso?”, disparou o diretor de futebol do Vitória, Beto Silveira. “Equilibrou o campeonato, não foi?”, gritou o presidente do clube, Alexi Portela Júnior. “Vamos entrar com uma representação contra Jailson amanhã (hoje)”, disse Alexi.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 21 de fevereiro de 2011
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