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ESPORTES

Rugby, a bola da vez nas quatro linhas dos campos baianos

Segundo mais praticado no mundo, esporte ganha adeptos também na Bahia, que conta com um time lutando entre os grandes do Brasil

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20/09/2011 às 18:08 • Atualizada em 28/08/2022 às 17:01 - há XX semanas
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Contato corporal é uma das semelhanças com futebol americano
A bola pontuda e oval segue o exemplo da gorduchinha e está conquistando o gosto popular. Já considerado o segundo esporte mais popular no planeta, o rugby arrebata seus adeptos também na Bahia e ganha espaço em terra de apaixonados pelo futebol. Prova disso é que o estado tem seu representante brigando para entrar na elite nacional do esporte. O FTC/Bahia nasceu há pouco mais de um ano, de um projeto social, e já está prestes a lutar por um vaga na principal competição do Brasil. Atual campeão baiano e semifinalista na Copa Brasil de Rugby 2011, o time baiano consegue uma vaga para disputar o Campeonato Brasileiro Super 10, em 2012 se vencer o certame. Assim, será o único grupo baiano a figurar entre os dez melhores do país. Para um dos jogadores do FTC/Bahia, o encontro com o rugby aconteceu por acaso. "Foi há três anos, através de amizade mesmo. Estava na praia do Rio Vermelho, aí meus colegas viram, gostaram e me chamaram". Daí em diante, João Marcelo Correia não largou mais o esporte e, hoje, além de sonhar em ser campeão da Copa do Brasil, ele pensa em alçar vôos mais ousados. "A pretensão da gente é defender nossa pátria. Temos de fé de chegar na seleção. Agora que o rugby chegou no seu lugar nas Olimpíadas, vou buscar o meu lugar", declarou Marcelo, comentando a inclusão do esporte no programa olímpico para os jogos do Rio 2016, o que comprova a grande popularidade do esporte, um dos critérios para entrar na programação dos jogos.
Time de rugby FTC/Bahia está na semifinal da Copa Brasil
Mas nem sempre foi fácil falar de rugby na Bahia. Fundador de um dos principais clubes de Salvador, o Bahia Rugby Social, José Alpuim, que também é técnico do FTC/Bahia, lembra das dificuldades. "Todo mundo chegava e achava que era futebol americano. Hoje já sabem como é ou pelo menos já ouviram falar. Está em uma crescente. Eu vejo professores ligando pra gente ir ensinar nos colégios. Antigamente éramos nós que corríamos atrás pra fazer isso".Hoje, cinco anos depois da fundação do clube, Alpuim se mostra feliz em ver o atual time, formado principalmente por jovens de comunidades carentes, brigando para entrar no hall dos melhores do país. "Pra mim, foi a melhor coisa que eu fiz na vida. É uma coisa gratificante". Mais clubes - Até o "Demolidor de Campeões" do futebol baiano se rendeu a outra bola. O Parque Santiago, centro de treinamentos do Galícia Esporte Clube, em Salvador, é um dos principais palcos para competições de rugby na Bahia. E o Granadeiro tem seu próprio time, que já conquistou competições regionais e participou de jogos fora do Brasil. Ainda na capital, além do Galícia e do FTC/Bahia, o Titans completa a lista das equipes. Espalhados pela Bahia, pelo menos seis times têm estrutura própria e participam de competições. São eles: Itabuna, Carcarás (Pojuca), Mustangs Rugby (Conceição do Coité), Quibaana RC (Senhor do Bonfim), Urubus (Morro do Chapéu) e o Ilha do Fogo (Juazeiro). Há mais de cinco anos jogando no Galícia, Vitor Brandão, 31 anos, afirma que o rugby não é um esporte difícil. "Não tem dificuldade. As regras do jogo, você vai pegando com a prática e aprendende naturalmente. O mais difícil é se acostumar com a mecânica de jogo, pelo fato de ter que se avançar correndo, mas só poder fazer o passe pra trás, pois a tendência é a pessoa lançar a bola pra frente", explicou Vitor.
Outra característica apontada por nove entre dez jogadores é que o rugby é um esporte democrático. Vitor defende porquê: "Do gordinho baixinho até o magrelo alto, todos têm condições de jogar. O que precisa ter é uma certa atitude e força, mas não é só para quem é grande".Se engana quem pensa que só os homens jogam rugby. Mesmo em Salvador, as meninas também abraçam a bola e parte para marcar os pontos. Além do time masculino, o Galícia tem um time feminino, que treina regularmente. Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, França e Argentina formam o grupo dos países com maior tradição e número de títulos no rugby mundial. O Brasil ocupa a 29ª posição no ranking. Na Copa do Mundo de Rugby de 2007, na França, mais de 200 países (4,2 bilhões de pessoas) acompanharam a competição, que só perde em audiência para os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de Futebol. Este ano acontece mais uma edição do Mundial, na Nova Zelândia, que começou no dia 9 de setembro e vai até 23 de outubro.

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