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Sobre o Bahia, Eduardo Luiz não concorda com o público zero |
O cozinheiro Eduardo Luiz, 25 anos, já não alimentava esperança de ver a Seleção Brasileira em Goiânia. Duas semanas na cidade, nenhum treino aberto – aliás, tinha sido assim desde a apresentação, em 28 de maio, no Rio. Mas o baiano de Feira de Santana, há cinco anos na cidade, sabe a importância de se repetir hábitos até acertar o ponto. E quarta foi de novo à Serrinha. “É importante terem liberado a entrada porque hoje a gente pôde ver como eles estão. Mas a Seleção continua muito distante do torcedor, e o futebol está fraco. Aí nem o povo apoia muito. Mas todo mundo vai comemorar quando voltar a ganhar”, opina Eduardo, vestido com camisa do Bahia, a única de um time baiano no treino de despedida, com portões abertos. Abertos, mas sem divulgação antecipada, afinal a CBF tinha medo de aglomerações. Em Belém, por exemplo, ainda na era Mano Menezes, em 2011, mais de 20 mil pessoas foram ao treino do Brasil no estádio Mangueirão. Na Serrinha, segundo a Polícia Militar, foram cerca de 250 torcedores. Destaque para os integrantes de uma banda cover local, a Mark 4, vestidos de Batman, Tempestade e “Neymar de Ferro”, afinal o capacete ganhou corte moicano – e o super-herói arrumou autógrafo do craque. Outro super-herói está sem moral com o cozinheiro baiano. “Lucas tinha que ser titular no lugar do Hulk. Eu quero que o Brasil seja campeão das Confederações, mas acho que não passa da semi. No grupo, vai ser segundo, atrás da Itália. Na Fonte Nova, é no máximo um empate”, prevê, com palpites azedos, Eduardo Luiz. O tricolor aproveitou para falar da situação do Bahia. “É surpreendente. Eu não esperava. Cristóvão acertou bem. Mas sou contra o Público Zero. Acho que não ajuda em nada. Mas não posso falar muito porque não sei o que a diretoria faz fora do campo”.