O protagonismo dos grandes clássicos é, quase sempre, reservado aos jogadores mais experientes, rodados. Afinal, o tempo se encarrega de deixá-los mais à vontade, frios e cerebrais nos momentos em que os holofotes estão ligados. Mas, no Ba-Vi de hoje, a história é bem diferente. O destino e a qualidade individual de dois garotos das categorias de base fizeram deles os destaques da partida das 16h, na Arena Fonte Nova.
Do lado tricolor, a torcida deposita suas esperanças no talento de Anderson Talisca, 20 anos. Passadas largas, cabeça em pé, lançamentos apurados. Letal na bola parada. Já são cinco gols e quatro assistências. Pelo lado rubro-negro, o futebol de José Wellison, 19 anos, chama a atenção dos rubro-negros jogo após jogo. Personalidade, boa marcação, qualidade na saída de bola. Força e precisão no chute. Foram três gols em seis jogos como titular.
O talento de Talisca é mostrado nos profissionais desde o ano passado. Entre altos e baixos, sofreu com as vaias dos torcedores - os mesmos que agora o aplaudem. “O segredo é sempre manter os pés no chão. Independente se a torcida está vaiando ou não, o jogador tem que ter personalidade, trabalhar e confiar. Acho que, da mesma maneira que o torcedor me vaiou, agora está me ajudando”.
Aos poucos, a fama de marrento vai sendo desfeita com a bola no pé e o jeito tranquilo. Mas a responsabilidade dentro de campo só cresceu. “Ela aumenta por eu estar fazendo coisas boas pro Bahia e pra torcida também, que merece”, avalia o meia. Hoje, contra o maior rival, ele quer fazer ainda melhor. “Num clássico, tudo tem que ser mais caprichado: as faltas, chutes, pênaltis”.
Timidez - Se Talisca não tem problemas com a timidez, José Wellison - que fará seu primeiro jogo na Fonte - ainda se acostuma com os dias de fama. “Tem alguns torcedores que olham assim, meio atravessado, e falam: ‘é José Wellison ali, ó’”, revela o volante, pouco acostumado ao reconhecimento nas ruas. “A responsabilidade só aumenta cada dia mais”, crê. Mas, em campo, o garoto se transforma. Com a bola, até parece o ‘Pai Véi’ que ganhou como apelido, graças à feição bem mais, digamos, madura que sua idade indica.
“Eu não esperava ser tão rápida a subida pro profissional. Disputei a Copa São Paulo e a gente não foi bem. Quando voltamos, enfrentei o profissional num treino e o professor Ney gostou de mim”, conta. Talisca e Wellison já se enfrentaram no sub-20. Bom mesmo seria vê-los juntos. A ideia não é absurda. Com o destaque, os dois já chamam a atenção para uma possível convocação da seleção sub-23, visando a Olimpíada do Rio 2016. Técnico da base do Brasil, Gallo estará na Fonte Nova. Matéria original: Jornal Correio* Talisca e Wellison deixam status de promessa e são os nomes do Ba-Vi deste domingo
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