Talisca ganhou até música de um fã, o MC Maiquinho K2 |
Não deu outra. O meia de 20 anos não seguiu o caminho dos trios, mas na Quarta-feira de Cinzas prolongou a folia tricolor ao marcar de falta o gol que garantiu o triunfo por 2x1 sobre o Galícia. Ditou o ritmo em Pituaçu e recebeu as palmas pelo show com a bola nos pés. Aos 21 minutos do 2º tempo, capricho na cobrança, goleiro perdidinho e bola na rede. "Eu vi que ele estava muito fora do gol e se colocasse na área ele conseguiria chegar. Aí eu bati direto".
Emocionado, se ajoelhou no gramado e fez a torcida se render à cabeleira descolorida, criação da mulher Ana Paula. "Levo 40 minutos na concentração pra aprontar. Lavo, dou massagem e eu mesmo faço escova. Tive que aprender com minha mulher pra ficar direito", diverte-se.
A aparência das madeixas não é unanimidade, mas ninguém discorda da beleza do gol - o terceiro este ano, segundo de falta. Orgulhoso, compara a batida à do ídolo Ronaldinho Gaúcho na Copa de 2002, contra a Inglaterra. "Foi dali, só que ele cobrou com o pé direito. Foi uma falta parecida, apesar do ângulo ter sido diferente por causa da perna", analisa o canhoto. "Mas acho que a dele foi mais difícil", reconhece.
Assim como Ronaldinho, o meia tricolor também é fã de pagode e amigo do cantor Ed City. Talisca ainda não foi convidado pra exibir a voz como R10, mas já recebeu homenagem de um fã. "Rapaz, teve um cara que fez uma música pra mim. Ele falou que iria até gravar. Foi meu sogro que me mandou. Deixa eu te mostrar". O funk que carrega no celular foi feito pelo MC Maiquinho K2: "Desde pequeno, com 7 anos / já jogava com alegria / mas agora o moleque cresceu e anda jogando é no Bahia/ Ele é o meio de campo que a galera toda vibra/ Sabe de quem eu tô falando?/ É do meu mano Talisca...".
Muito utilizado no decorrer dos jogos, Talisca ganhou oportunidade com Marquinhos Santos e só deixou o gramado por cansaço. "Quando entrei jogando, falei: 'Tenho que mostrar ao Marquinhos e à torcida que não posso ser reserva'. Não gostei de ter ido para o banco. Se eu gostasse de ficar no banco, seria um jogador comum".
Chamou a atenção na hora certa. Contratado essa semana, o meia Lincoln, 35 anos, esteve em Pituaçu acompanhando o time. "Vai dar um pouco de sombra, porque é um jogador de muita qualidade. Vi ele jogando no Coritiba. É um jogador experiente e muito inteligente também. Mas não vai me abalar não, tô tranquilo. Tô fazendo as coisas pelo caminho certo, honrando a camisa do Bahia, com garra e determinação". Matéria original: Jornal Correio* Música ou futebol? Talisca escolheu a bola. Sorte, Bahia!
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