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Time dos sonhos BaVi: Rodrigo, a fúria rubro-negra pelos lados

'Eu queria ser meia para ser igual a Zico. Depois, virei ponta. Fui pra lateral uma vez e não gostei... Continuei por lá pra não ser dispensado', diz

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26/01/2011 às 8:32 • Atualizada em 29/08/2022 às 13:45 - há XX semanas
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Foto: Welton Araújo/Arquivo CorreioA velocidade marcou a carreira de Rodrigo José Queiroz das Chagas. Nascido no Rio de Janeiro, em 19 de março de 1973, o segundo dos seis filhos de Daniel e Raimunda nunca quis saber de peneira para ser jogador. Preferia correr pelas ruas de Camaçari, sua cidade desde os 7 anos. Fã de Zico, só brincava como meia.

O futebol ficou mais sério em 1987, quando o Bahia convidou o Ypiranguinha, time amador do bairro, para amistoso no Fazendão. Rodrigo só pensava nas férias e viajou com parentes. Uma chuva forte adiou o amistoso por duas semanas e garantiu o futuro dele e da família.

Time dos sonhos BaVi: Bravo Leone, lateral-direito da conquista da Taça Brasil de 1959

"Toquei, no máximo, umas três ou quatro vezes na bola. Quatro no máximo", recorda ele, 14 anos na época, antes de completar, aos risos: "Deu pra mostrar qualidade. Delcir (Rodrigues) me chamou e
pediu para fazer teste".

Aprovado, preferiu não morar no alojamento. Passou quatro anos no ônibus na rota Camaçari-Salvador. Além do destino, o fôlego salvou a carreira. Na base, Rodrigo tinha sido deslocado do meio para a ponta - a moda era usar o 4-3-3 -, e tampouco ia bem. Um dia, na falta do titular, terminou na lateral. Reclamou do sol, da correria, do cansaço e disse que não jogaria mais ali.

Ficou pra não ser dispensado. Chegou ao Vitória na mais polêmica transferência dos anos 1990 entre a dupla Ba-Vi. Foi um da dezena de atletas que seguiu o diretor Newton Mota. Encontrou Dida, Paulo Isidoro e Alex Alves: eram os garotos da base titulares no time vice-campeão brasileiro de 1993, contra o Palmeiras.

Viveu como protagonista a geração mais vencedora da Toca do Leão. Sabia que lateral fecha a defesa para depois apoiar. Jogava fácil pela direita e na esquerda. Ao apoiar, tocava bem, cruzava e entrava fácil em diagonal. Tinha alma de meio-campo.

Em 95, a venda para o alemão Bayer Leverkusen alegrou a família, que não tinha sossego financeiro; o coração, pois ao viajar estava casado com Patrícia, namorada desde os 14 anos; e o Vitória, que
construiu mais dois campos anexos ao Barradão com parte do dinheiro das vendas dele e de Ramon Menezes.

Na Seleção, amistosos em 95. Teve como colegas de quarto Ronaldo e Roberto Carlos. Trocou a Europa pelo Corinthians. Em 1998, foi campeão brasileiro. Voltou à Toca em 99: semifinalista do Brasileiro. Levou a Copa do Brasil pelo Cruzeiro, em 2000, e bateu o argentino Boca Juniors, na Bombonera, pelo Paysandu, em 2003. Rodou o país. Parou em 2006, aos 33 anos, após acelerar demais e capotar sua Ranger, perto de Arembepe.

VOTO A VOTO

Rodrigo (5): Alexi Portela Júnior, Luciano Santos, Mário Silva, Paulo Leandro e Vôvô do Ilê
Cláudio Deodato (2): Alvinho Barriga Mole e João Borges Bougê
Tinho (2): Paulo Carneiro e Rodrigo Vasco da Gama
Valvir: Carlos Libório
Purunga: João Ubaldo Ribeiro
Roberto Oliveira: André Catimba
Russo: Beto Silveira
Uchôa: Sinval Vieira
Outros feras: Jairo e Aguiar

*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio do dia 26 de janeiro de 2011

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