Uma semana depois do susto, tudo está de volta ao normal no Campeonato Baiano. O sonho de muita gente de ver surgir uma terceira força no futebol no estado já vai ficando para o próximo ano. Mesmo estando apenas na 2ª rodada, após só dois jogos, quem viu de perto as partidas já percebeu a permanência da distância enorme na qualidade técnica entre os elencos de Bahia e Vitória para os demais participantes do campeonato.Uma pena, mas não dá mesmo para apostar, colocar um centavo suado no sucesso das equipes do interior.
Ontem, no Norte do estado, o 1º tempo mostrou um Juazeiro cheio de vontade contra um Vitória ainda se arrumando depois da estréia cambaleante em casa. O jogo disputado sob um sol forte e calor intenso favoreceu ao time da casa que chegou a dominar a partida. Mas bastou uma boa jogada do Elton para a equipe do Juazeiro se perder em campo. Uma bola no meio das pernas do zagueiro, um toque para deixar a gorduchinha na posição correta e um forte chute de trivela, com três dedinhos da parte de fora do pé empurrando a bola lá na parte lateral da rede, longe, muito longe do alcance do goleiro. Um primeiro gol de craque para um time de guerreiro, que fez mais dois, deixou sua torcida um pouco mais tranqüila e segue melhorando para continuar sonhando com o pentacampeonato.
Aqui na capital, o time que pode acabar com o sonho rubro-negro jogou perto de sua torcida e mostrou como ainda carece dos reforços - um deles até estreou bem e fez brilhar um sorriso no rosto tricolor. O Bahia jogava contra o Feirense e tudo já se encaminhava pra um chato, modorrento 0x0, quando o técnico chamou o Camacho.
O moço não é atacante, mas quem joga no meio de campo deve saber o que fazer com a bola quando chega perto do gol e foi justamente isso que aconteceu. O homem fez um gol, logo depois veio a pá de cal com o gol do Ávine, garantindo uma semana de tranqüilidade para Rogério Lourenço continuar seu trabalho de dar uma cara ao time do Bahia, pois, esta, ninguém viu.
No entanto, nem tudo foi bom para o Bahia no jogo de ontem, pior ainda para o Souza que foi substituído e vaiado por parte da torcida. Este jogador vive uma situação delicada e deve ser observado com atenção pela comissão técnica. O Souza tem talento, sabe fazer gols e já provou isso no Flamengo e Goiás, mas não foi tão bem assim no Corinthians. Quando um jogador com esta trajetória de carreira chega a um clube de menor expressão, ele sabe só veio para cá por que o mercado está se estreitando pela própria incompetência para fazer gols, afinal centroavante vive é de balançar a rede.
Minha preocupação é se a torcida pegar no pé dele e a bola não entrar logo, dificilmente ele vai ser o artilheiro necessário para o Bahia fazer um bom Brasileiro, se manter na primeira divisão e impedir o Vitória de chegar ao penta. É esperar e torcer.
*Jony Torres é jornalista da TV Bahia e escreve às segundas-feiras. Coluna publicada na versão impressa do Correio* do dia 24 de janeiro de 2011
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