Kim Freitas é uma mulher lésbica, soteropolitana, apaixonada por analisar questões que envolvem gênero e sexualidade, além de ser produtora de conteúdo na internet sobre o universo sapatão.
Com toda bagagem adquirida ao longo dos anos e uma inquietação acerca da inserção das lésbicas no mercado de trabalho, ela decidiu criar o Clube Tona, que é uma plataforma de vantagens por assinatura que facilita o acesso a centenas de profissionais sapatonas em todo o Brasil. Atualmente, a iniciativa conta com cerca de 130 profissionais cadastradas em 25 categorias.
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Em entrevista ao Fervo das Cores, do portal iBahia, a idealizadora do Clube contou detalhes de como foi o processo de construção do projeto que possui um formato de website.
“Através da minha investigação social, comecei a perceber todos os entraves que existem da mulher lésbica, e principalmente daquela que não está correspondendo aos padrões de gênero, para conseguir adentrar e se manter dentro do mercado de trabalho formal. Por muitas vezes, percebesse que as mulheres lésbicas procuram empreender, ser autônomas, justamente para tentar sobreviver”, destacou Kim, que, para estruturar o projeto, contou com a parceria da Evoé, uma empresa de lésbicas de Belo Horizonte que ajuda profissionais de diversos ramos a monetizarem os trabalhos.
Unindo as paixões pelas causas sociais e de gênero, a estudante de Ciências Sociais percebeu que o Clube Tona seria uma ótima alternativa, inclusive, para as demandas que surgiam nas redes sociais.
“A gente trocando ideias, pensamentos em facilitar o acesso da classe consumidora com as mulheres lésbicas. Uma demanda que eu tinha muito Instagram era de pessoas buscando profissionais sapatonas para indicar, então eu pensei em fazer algo que conseguisse facilitar esse acesso e, consequentemente, tornar isso uma via de mão dupla”, disse a empreendedora, que complementou:
“Eu acho que quando a gente pauta uma assistência à mulher lésbica enquanto classe trabalhadora, a gente está mexendo diretamente na nossa subsistência, que é uma coisa primordial”.
Durante o bate-papo, Freitas detalhou como o projeto funciona: “A partir do momento em que você escolhe o plano – todos a preços acessíveis, para que a gente possa atingir o maior número de pessoas – você tem acesso a um catálogo, que é renovado mensalmente, com diversas categorias e com centenas de profissionais lésbicas”.
As pessoas interessadas em assinar o Clube Tona podem acessar a plataforma a qualquer hora do dia e fazer o cadastro. No então, para integrar o catálogo de profissionais é necessário aguardar a abertura da janela para cadastro, que acontece mensalmente.
Veja vídeo:
Elson Barbosa
Elson Barbosa
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