Entre os meses de novembro e dezembro de 2017, a rede hoteleira de Salvador registrou um aumento de 30% nas reservas para as festas de fim de ano, se comparado ao mesmo período em 2016. O número é da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), e vai ao encontro do que o trade turístico da cidade já havia adiantado para a alta estação. Salvador conta, atualmente, com 40 mil leitos distribuídos em hotéis, motéis, hostels, albergues e pousadas.
"A procura para os períodos festivos, em especial Réveillon e Carnaval tem crescido bastante, ainda mais se comparado aos anos anteriores. E esses bons números se estendem pelo verão, oscilando entre 15% e 20%, até fevereiro, quando voltam a atingir o pico, devido aos visitantes que chegam para a folia, quando a expectativa de ocupação terá crescido em torno de 22%", destaca Glicério Lemos, presidente da secção baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih).
De acordo com o presidente da Abih, o trabalho de reconstrução da cidade proporcionado pela Prefeitura e as ações de promoção do "Produto Salvador" fora da capital baiana foram fundamentais para a retomada do fluxo turístico. "Por conta disso, dos anúncios antecipados da estrutura e grade das festas, o setor está bastante otimista para a alta estação. A parceria com a Prefeitura só faz bem ao setor hoteleiro, pois é uma ação em que todos ganham", diz.
"A expectativa para o verão já era bastante positiva em virtude de sinalização da própria Abih, informando que Salvador terá 100% de ocupação hoteleira durante os festejos de fim de ano. Claro que nossa expectativa é que não apenas os hotéis estejam plenamente ocupados, mas queremos também que os visitantes possam alugar imóveis na cidade, e possam passar o Festival da Virada na casa de amigos e parentes. Nosso intuito é fazer dessa festa a segunda em importância na capital baiana, atrás apenas do Carnaval, cujas projeções de venda de pacotes e reservas têm sido bastante satisfatórias", explica o titular da Secult, Cláudio Tinoco.
O secretário destaca ainda a importância da mudança do local da virada - que deixou a Praça Cairu, no Comércio, rumo à orla da Boca do Rio. "É um espaço muito mais amplo e confortável para baianos e turistas de todos os recantos do estado, além dos nacionais e estrangeiros. Aqueles que quiserem e puderem buscar por um pouco mais de conforto podem ainda optar por passar o Réveillon em um dos dois camarotes licitados pela Prefeitura para a festa, onde terão serviço, infraestrutura e segurança", finaliza.
Salvador fecha o ano com um aumento de mais de 9% na taxa de ocupação hoteleira, se comparado a 2016. "Este crescimento ocorre desde o início do ano, quando pudemos contabilizá-lo mês a mês, trazendo um importante fluxo de turistas para a cidade. Isso ajudou a estancar a curva de queda apresentada nos últimos três anos, ampliando a quantidade de visitantes em Salvador, resultando em uma taxa de ocupação 9% maior que no ano anterior", continua Tinoco.
Números - Entre dezembro e fevereiro, Salvador deve receber 2,5 milhões de turistas, que injetarão, aproximadamente, R$ 3,9 bilhões na economia da cidade, apenas no primeiro trimestre de 2018. Esse montante acarretará num incremento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2016, para os setores de entretenimento e lazer; e hotelaria, turismo e alimentação.
A expectativa de ocupação hoteleira para a noite da virada é de 100% nos hotéis do entorno da festa, que deve levar em torno de 700 mil pessoas à orla da capital somente na noite que antecede 2018, para aproveitar as 70 horas de música apresentadas por 29 atrações.
Do total de visitantes esperados para o verão 2017/2018, 85% corresponde à demanda interna, e os 15% restantes serão preenchidos pela chegada de estrangeiros. Dos brasileiros, 57% devem vir do interior da Bahia e 43% de outros estados, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. Dos turistas vindos de fora do país, a maioria vem da Argentina, Alemanha, EUA, França e Chile.
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade