Em uma operação nunca antes vista na indústria de alimentos mundial, a gigante Nestlé vai destruir 400 milhões de pacotes do macarrão instantâneo "Maggi", proibido de circular na Índia. Segundo a companhia, serão necessários pelo menos 40 dias para concluir o trabalho.Segundo a agência reguladora do país - uma espécie de Anvisa no Brasil -, testes constataram que o produto era "inseguro e perigoso" por suas embalagens conterem níveis de chumbo acima do permitido. O órgão também acusou a Nestlé de descumprir as leis de segurança alimentar do país. A empresa é responsável por 80% do mercado indiano de macarrão instantâneo. Os 400 milhões de pacotes correspondem a cerca de 27 mil toneladas do produto. A Nestlé diz que a capacidade de destruição é de cerca de 700 toneladas por dia, o que exigirá pelo menos 40 dias para que todo o estoque seja eliminado O grande problema apontado pela companhia é que grande parte do produto não se encontra mais em suas mãos, mas na de distribuidores, varejistas e consumidores. Será necessário comprar todo o produto vendido, a fim de que a destruição de todo material em circulação aconteça. Cinco usinas de incineração serão utilizadas para a destruição do produto, que será misturado à gasolina. Defesa A Nestlé argumenta que os testes que constaram a presença de chumbo no produto são "falhos e imprecisos". A companhia afirma ter realizado avaliações próprias em mais de 1 mil embalagens do macarrão instantâneo, além de ter encomendado testes externos em outras 600 embalagens. "Todos os resultados indicam que o macarrão instantâneo Maggi é seguro e está dentro dos limites regulatórios estabelecidos na Índia", diz a empresa. O macarrão instantâneo começou a ser vendido na Índia em 1983 e pode ser encontrado em mercados de todo o país.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade