A Justiça da Argentina condenou, na noite da última quarta-feira (26), a 16 militares por crimes cometidos contra a humanidade durante a ditadura militar (1976-1983). O grupo foi diretamente responsabilizado pelos crime ocorridos num dos principais centros de tortura da América Latina, a Escola Superior da Marinha (Esma), em Buenos Aires. A sentença determinou que 13 réus fossem condenados à prisão perpétua e que os demais permanecessem 18 anos na prisão. Somente dois foram absolvidos. O processo tratava diretamente de crimes contra 86 pessoas - sendo que cinco foram assassinadas e 28 continuam desaparecidas. A investigação, que ouviu mais de 160 pessoas, durou 22 meses. Essa foi a maior condenação desde que as leis da anistia foram revogados, no governo de Néstor Kirchner, em 2003. Entre os condenados está o ex-capitão Alfredo Astiz, conhecido como Anjo da Morte. Alfredo teria participado dos chamados voos da morte, quando presos políticos eram atirados vivos ao mar ou ao Rio da Prata.
AprovaçãoDepois que o veredito foi lido e transmitido ao vivo pelas emissoras de televisão do país, as famílias das vítimas aplaudiram a decisão. O juiz afirmou que os reús receberam a condenação por perseguirem, matarem e também por roubarem os bens da vítimas. Estima-se que mais de cinco mil pessoas passaram, em sete anos de regime, pelas instalações da Esma.
Alfredo Astiz foi condenado à prisão pérpetua |
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