Reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), o atentado em Londres na quarta-feira deixou quatro mortos, incluindo o terrorista, e cerca de 40 feridos. O autor era britânico e já tinha sido investigado por relações com o terror. A polícia ainda investiga os motivos pelos quais o agressor atropelou vários pedestres na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben, e depois esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto a tiros pelos agentes. Veja o que sabemos até agora:
O TERRORISTA
A polícia de Londres identificou o terrorista como Khalid Massod, um britânico nascido em Kent. Ele tem 52 anos e já foi condenado por outros crimes de violência não relacionados ao terrorismo no passado, segundo autoridades. A sua última condenação havia sido em 2003, por posse de uma faca. Mais cedo, no entanto, a premier do Reino Unido, Theresa May, disse que o suspeito era conhecido pela polícia e já tinha sido investigado por ligações com o terrorismo.
A AUTORIA
Por meio de sua agência, o grupo extremista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado. “O autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão (internacional antijihadista)”, indicou a agência Amaq. Nas redes sociais, simpatizantes do grupo jihadista comemoraram o ataque e o definiram como uma “vingança” pelos bombardeios britânicos em Mossul, capital da milícia no Iraque.
AS VÍTIMAS
Na quarta-feira, autoridades britânicas haviam dito que o atentado havia deixado cinco vítimas fatais. No entanto, depois o número foi revisado para quatro:
Keith Palmer, de 48 anos. Casado e pai, trabalhava para a Unidade de Proteção Diplomática da polícia, protegia um dos portões de acesso ao Parlamento e foi esfaqueado e morto pelo agressor. Segundo parentes citados pela imprensa britânica, havia servido no Exército, em um regimento de artilharia, antes de passar para a polícia.
Aysha Frade, de 43 anos. Ela ia buscar suas filhas pequenas na escola quando foi atropelada pelo homem, segundo meios de comunicação britânicos. Filha de um cipriota e uma espanhola, sempre viveu em Londres e passava os verões na Galícia, no noroeste da Espanha, onde suas irmãs moram.
Um homem de cerca de 50 anos, segundo os únicos detalhes revelados até agora pelas autoridades. O jornal "Daily Mail", no entanto, o identificou como Kurt Cochran, de 54 anos, um turista americano, que estava acompanhado da sua mulher, Melissa. Eles teriam sido atropelados na Ponte de Westminster. Cochran não resistiu aos ferimentos, enquanto Melissa ficou ferida e se recupera em um hospital. Por meio de um comunicado, em uma rede social, Shantell Payne, parente de Cochran, lamentou.
Os feridos: dos 29 feridos que seguem no hospital sete estão “em situação crítica”, disse o comandante da unidade antiterrorista britânica, Mark Rowley. Ao todo foram 40 feridos, incluindo 12 britânicos, pelo menos quatro sul-coreanos, três menores de idade franceses, dois romenos, dois gregos e cidadãos de vários outros países.
AUTORIDADES
A primeira-ministra britânica, Theresa May, estava no Parlamento na hora do ataque, mas foi rapidamente retirada do local, que suspendeu todas as suas atividades, e levada para seu gabinete na Downing Street. Em uma declaração ante o Parlamento nesta quinta-feira, ela ressaltou que o país “não tem medo”. O Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth II, teve sua segurança reforçada.
OUTROS ATAQUES
O Reino Unido já foi palco de atentados de simpatizantes da al-Qaeda, em 2005, e de extrema-direita, em junho do ano passado, quando o ultranacionalista Tommy Mair assassinou a deputada Jo Cox, defensora da permanência do país na União Europeia.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade