A corredora Alysia Montaño surpreendeu ao participar de seletivas para uma prova de 800 metros em Sacramento, nos Estados Unidos, grávida de cinco meses. Vestindo um top da 'Mulher Maravilha' e tradicional flor no cabelo, a atleta roubou a cena do Campeonato de Atletismo dos Estados Unidos. Mesmo sem ganhar a corrida e sem se classificar para a semifinal - ela ficou em segundo lugar por 19 segundos - e debaixo de um forte calor, Alysia levou a arquibancada à loucura e distribuiu sorrisos.
O bebê da atleta nasce em novembro e será o segundo filho dela, que já é mãe de Linnea, de três anos de idade. Apesar de chamar atenção pelo feito, esta não é a primeira vez que a corredora competiu grávida. Em 2014, Montano correu exatamente a mesma corrida grávida de oito meses, com o tempo quase 11 segundos mais lento.
"Achei que, dessa vez, correria mais devagar, mas me surpreendi", disse em entrevista ao jornal 'The Washington Post'.
Para competir, a atleta contou à imprensa que se preparou e tomou alguns cuidados especiais. Segundo ela, a hidratação antes da corrida e aguardar o momento da competição na sombra foram cautelas necessárias para completar a prova bem. Montano disse que espera ainda que seu esforço habilite e inspire mulheres que possam se sentir pressionadas a seguir uma trajetória específica na vida, grávida ou não.
"Não quero pressionar as mulheres a correrem durante a gravidez. Esse não é o ponto final. Quero mostrar que somos diferentes e podemos fazer o que quisermos, mesmo grávidas", completou.
Em 2016, a atleta participou das Olimpíadas no Rio de Janeiro, mas perdeu ao tropeçar na corredora Brenda Martinez e cair na pista. Menos de um ano após o parto de sua primeira filha, em 2014, Montano ganhou duas medalhas nos Jogos Panamericanos de 2015. Ela capturou a prata como parte do relevo feminino de 4 x 800 metros da equipe EUA e ouro no evento feminino de 4 × 400 metros. Para a carreira após a gravidez, ela ainda planeja muito mais.
Uma publicação compartilhada por Alysia Montaño (@alysiamontano) em Jun 23, 2017 às 12:33 PDT
"Eu acho que uma carreira é algo muito aberto. Quem quer pegar um livro e ler o mesmo capítulo uma e outra vez, não é mesmo?", disse.
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Redação iBahia
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