Chefe do Sendero Luminoso está morto, diz presidente do Peru

O presidente do Peru, Ollanta Humala, disse neste domingo (12) ter "certeza" de que um cadáver achado pelas forças de segurança peruanas na selva do país é do "camarada Artemio", considerado o mais importante chefe da guerrilha do Sendero Luminoso em liberdade. "Tenho a certeza de que se trata do terrorista Artemio", disse à rádio RPP. Humala afirmou que estava viajando para a região de Alto Huallaga, onde o corpo foi achado. Artemio -cujo nome real era Florindo Flores- teria ficado ferido em um confronto na madrugada de quinta. Mais cedo neste domingo, o ministro da Defesa, Luis Alberto Otárola, havia informado que Artemio estava vivo. O governo ainda não se explicou sobre a contradição. TiroteioArtemio, que lidera um contingente de rebeldes na região cocaleira de Huallaga, a noroeste de Lima, teria ficado ferido durante um tiroteio entre os mesmos insurgentes que tentaram capturá-lo para cobrar uma recompensa, disse o IDL Reporteros, órgão da imprensa local. Uma fonte de alto nível das Forças Armadas confirmou à Reuters que Artemio havia ficado ferido, mas não revelou detalhes do ocorrido na região, onde operam grupos de narcotráfico aliados aos rebeldes. Os Estados Unidos ofereciam havia quase dois anos uma recompensa de US$ 5 milhões a quem ajudasse a capturar Artemio e seu aliado Víctor Quispe Palomino, o "José", o outro chefe rebelde que opera em uma região de selva do país sul-americano. Após a captura em 1992 do chefe e fundador Abimael Guzmán, a facção remanescente do grupo se tornou aliada do tráfico de drogas, que fornece armas, munição e alimento aos rebeldes. Atualmente o Sendero Luminoso atua em três zonas remotas do Peru onde se encontram os maiores centros de produção de cocaína e cultivo da folha de coca no Peru, o segundo maior produtor mundial de cocaína.