Um estudo mostra que o consumo de álcool tem impacto direto nas chances de uma pessoa fazer sexo sem proteção. Quanto mais bebida é ingerida, maior é a vontade de manter relações sem o uso de preservativos. Os dados serão detalhados na edição de janeiro da revista "Addiction", especializada em trabalhos sobre substâncias que levam à dependência. O sexo desprotegido é a principal forma de transmissão de doenças venéreas, especialmente o vírus HIV, responsável pela Aids em humanos. Mesmo em países mais ricos como Estados Unidos e o Reino Unido, a incidência da doença não mudou na última década. Em algumas nações desenvolvidas, o número de casos até cresceu. Esta realidade levou cientistas a investigar as causas para pessoas bem informadas insistirem em fazer sexo sem camisinha. Antes deste estudo, os pesquisadores não tinham certeza se o consumo de álcool era diretamente responsável pelo aumento nas transmissões do HIV, apesar de haver estatísticas que mostravam uma incidência maior, especialmente entre pessoas que bebem demais. O estudo reúne os resultados de 12 experimentos. Após analisarem os dados, os pesquisadores concluíram que a bebida altera a capacidade do humano em tomar decisões. Isso só piora conforme o consumo aumenta. Na pesquisa, quanto mais os participantes tomavam bebidas alcoólicas, mais dispostos eles estavam a fazer sexo sem proteção. Divididos em dois grupos, apenas parte dos participantes bebeu durante o experimento. Para cada 0,1 mg/mL de álcool a mais no sangue da pessoa, a chance de sexo desprotegido subia em 5%. Segundo J. Rehm, um dos autores da pesquisa, esse resultado ajuda a entender o motivo de cidadãos bem informados se submeterem ao risco de fazer sexo sem preservativos, mesmo sabendo das possíveis consequências. Ele defende que o álcool seja levado em conta em campanhas de prevenção contra o vírus do HIV.
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