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De Nova York, baianos mostram experiência com supertempestade

Cidades dos Estados Unidos estão em estado de emergência por causa da supertempestade

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30/10/2012 às 15:15 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:16 - há XX semanas
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A supertempestade Sandy que atingiu a Costa Leste dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29), com ventos de 130 km/h, causou uma destruição em sete estados do país. Segundo informações da BBC Brasil, o ciclone já provocou cerca de 18 mortes e deixou 7,4 milhões de casas sem energia elétrica. Pelo menos 15.773 voos já foram cancelados até esta quarta-feira (31), e segundo um comunicado da Casa Branca, o presidente Barack Obama decretou estado de emergência e os fundos federais podem ser liberados para apoiar as vítimas em Bronx, de Kings, Nassau, Nova York, Richmond, Suffolk e Queens. A médica baiana Camila Netto, que mora e trabalha em Nova York desde o início do ano, contou ao iBahia como ficou sabendo sobre a tempestade e fala sobre o clima do local durante a passagem do 'Sandy'. "Tenho o costume de checar a previsão do tempo diariamente, e percebi que estava prevista muita chuva e vento forte para a noite de domingo (28), mas não achei que pudesse ser algo grave. No sábado (27), o tempo estava bom e até fazia sol, mas quando acordei domingo, o tempo já estava fechado e ventava bastante. Uma prima chegou a me ligar perguntando se eu estava preparada para o furacão, e eu disse que não estava preocupada, achando que era apenas desespero dos americanos, igual no ano passado por conta do furacão Irene". Mesmo despreocupada Camila resolveu fazer compras para estocar em casa. "Foi aí que eu começei a ficar preocupada. O supermercado estava lotado, com filas gigantescas, e as prateleiras de água e de pão quase vazias. Consegui pegar somente 6 litros de água. Comprei também comida enlatada e velas, para o caso de faltar luz. Quando cheguei em casa vi as notícias dizendo que esta seria a pior tempestade da historia".
Na esquerda, as prateleiras do supermercado aparecem praticamente vazias; na imagem da direita, a baiana mostra seu estoque de comida e água
Segundo Camila, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fez um anúncio pedindo para que todos ficassem em casa e solicitou que as áreas mais próximas dos rios, chamadas de Zona A, fossem evacuadas. A casa de Camila fica na Zona B, um quarteirão depois da zona de perigo. O transporte público da cidade parou de funcionar às 19h do domingo (29) e os hospitais suspenderam os atendimentos. A médica contou que resolveu sair de casa mesmo com os alertas e ficou surpresa com tudo que viu. "Quando sai do prédio, estava uma ventania muito forte e eu nem consegui abrir o guarda chuva porque o vento tentava levar. Cheguei a andar dois quarteirões e tudo estava fechado, nem um restaurante ou lanchonete aberta; até o McDonald's que fica aberto 24h estava fechado com uma placa de ferro na porta. As ondas no East River que ficam a duas quadras da minha casa estavam tão grandes que eu conseguia ver da portaria do meu prédio". Ao voltar para casa, Camila relatou quando os acontecimentos começaram a causar pânico. "No meio da tarde eu ouvi um barulho muito forte de vento e depois um estrondo. Algo voou com o vento e quebrou a janela do meu vizinho. Acho que foi nessa hora que eu fiquei com medo, pois percebi que a preocupação não era só com a enchente, mas também com o vento", contou. Após a passagem do ciclone, Camila disse que a madrugada foi bastante tensa, pois só se ouvia o barulho do vento e das sirenes dos bombeiros na rua. No momento, a rua onde ela mora está sem água e sem energia elétrica, e os serviços de transportes da cidade continuam suspensos. "Provavelmente, amanhã deve ser outro dia com tudo fechado. Vamos ver!", finalizou a baiana. Veja outras experiências "A área que eu estou não foi muito afetada, moro no sul do Brooklyn, afastada de Manhattan, lá o estrago foi grande e mais da metade dos moradores estão sem energia elétrica desde domingo. Aqui em casa ficamos apenas sem internet e isso durou menos de 12h. Os metrôs perto daqui ainda não voltaram a funcionar e não há previsão alguma de quando o funcionamento irá normalizar. Ontem chegamos a sair de casa para ir comprar suprimentos aqui do lado, no pico da tempestade, e realmente o vento chegou a empurrar bastante, quase me derrubando no chão com as compras. Mas hoje o dia amanheceu melhor e até agora não choveu." (Luiza Kalid - Arquiteta) “O furacão estava vindo para New York e eu e os 10 brasileiros que moram no mesmo prédio sabíamos que tínhamos que sentir medo, mas não sabíamos o quanto deveríamos sentir. Olhamos a 'programação' do furacão e fomos para uma festa um dia antes do vento forte chegar. Quando o furacão estava para chegar, alertas de emergências chegavam no celular, mantendo-nos informados sobre a situação e onde deveríamos evacuar. A administração da Residencia Estudantil orientou os alunos a comprar comida e água pra estocar e preparou várias atividades para distração enquanto o furacão passava. Passei a tempestade toda jogando com os outros estudantes americanos. Definitivamente, a organização deles para evitar situações de morte foi o que me manteve mais tranquilo, só tive que seguir as orientações. Não estou em um local de risco e por isso não tive tanto medo. A única coisa que soube que aconteceu onde moro foi uma árvore que caiu em um carro, mas sei que teve coisas muito ruins que aconteceram. É preciso ter cuidado.” (Thiago Amorim - Estudante)[youtube P1PgnjwbEPE] A baiana Aline Lasza também está em Nova York e fez alguns registros fotográficos da passagem da supertempestade Sandy na cidade norte-americana.

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