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Entrada de dólares no país soma US$ 8,48 bilhões em setembro, diz BC

No ano, entrada de recursos já supera em 180% o resultado de 2010. Entrada de dólares em setembro se deve às exportações, dizem analistas

• 06/10/2011 às 3:44 • Atualizada em 05/09/2022 às 3:53 - há XX semanas

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A entrada de dólares na economia brasileira superou as saídas em US$ 8,48 bilhões no mês de setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (5). Foi o quarto maior ingresso de divisas do ano, atrás de julho (US$ 15,82 bilhões), janeiro (US$ 15,5 bilhões) e março (US$ 12,66 bilhões). De janeiro a setembro, a entrada de dólares somou US$ 68,29 bilhões, com crescimento de 180% frente a todo o ano de 2010 - quando US$ 24,35 bilhões entraram no país. A entrada de dólares, na parcial de 2011, registrada principalmente até o mês de julho, já é a segunda maior da história, mesmo sem o ano ter acabado, ficando abaixo apenas de 2007. Em todo aquele ano, US$ 87,45 bilhões ingressaram na economia brasileira. Alta do dólar e contas comercial e financeira Segundo economistas, a entrada de dólares no país em setembro se deve justamente à alta do dólar. A explicação é que os exportadores aproveitaram a alta na cotação da moeda norte-americana para trazer ao Brasil os dólares recebidos pelas exportações feitas anteriormente e, com isso, conseguir uma remuneração melhor. Os números do BC confirmam esta tese, uma vez que a entrada de recursos registrada em setembro aconteceu unicamente na conta das operações comerciais - fechamento de contratos de câmbio para exportações e importações. Neste segmento, US$ 8,75 bilhões entraram no país no último mês. No caso da conta financeira - por onde transitam os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros - houve a saída de US$ 274 milhões do Brasil no mês passado. Impacto na cotação do dólarA entrada de recursos no país, segundo analistas, teoricamente favoreceria a queda do dólar. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tenderia a ficar menor. Entretanto, a moeda norte-americana registrou alta de 16,8% em setembro deste ano, a quinta maior elevação desde o Plano Real, em 1995. A explicação de economistas é que o comportamento do dólar, no mês passado, esteve relacionado às operações no mercado futuro (derivativos). Segundo Sidnei Moura Nehme, da NGO Corretora, o mercado de derivativos brasileiro, cujas operações tiveram o IOF elevado pelo governo recentemente, foi determinante para a alta do dólar em setembro. Ele afirmou que a alta do IOF deixou "posicionamentos desfavoráveis" no mercado de derivativos para alguns participantes - o que pressionou a cotação para cima no mês passado. Segundo ele, porém, a oferta de contratos de "swap cambial" tradicionais pelo BC, retomadas no fim de setembro e início de outubro - que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro - gerou liquidez para os participantes "despressurizando", assim, uma das fontes de alta do dólar. Entretanto, o economista avalia que a tendência, com a nova etapa da crise externa, é de saída de dólares do país, o que pode "promover a sustentabilidade da taxa cambial [em um patamar mais alto] ainda por um breve período nos parâmetros atuais". "Mas, em perspectiva não vemos a taxa cambial permanecendo nos preços atuais, até porque seria um fator de pressão inflacionária e que poderia comprometer até a clara intenção do governo de dar continuidade aos cortes na taxa de juro. Entendemos que o preço da moeda americana, gradualmente, deva retornar para R$ 1,70 a R$ 1,75", avaliou Nehme.

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