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Investigação

Empresário suspeito de matar baiana na Argentina pode ser solto

Decisão do juiz deve ser divulgada na quarta-feira (19) e deve ser um sinal sobre qual versão da história será considerada pela justiça

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Redação iBahia

17/04/2023 às 20:12 - há XX semanas
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					Empresário suspeito de matar baiana na Argentina pode ser solto
Foto: Reprodução/ Redes sociais

Maiores detalhes sobre o caso da baiana Emmily Gomes, de 26 anos, que morreu ao cair de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, foram revelados. Segundo o g1, um pedido de liberdade para o suspeito Francisco Sáenz Valiente foi feito por Rafael Cúneo Libarona, advogado do empresário. Caso seja acatado pelo juiz este será um sinal de que a versão da defesa sobre a morte de Emmily supera a possibilidade de feminicídio para esconder um abuso sexual, versão que é contada pela família.

O advogado de Francisco defende uma versão na qual Emmily estaria sob o efeito de alucinógenos, por isso, se jogou do sexto andar do prédio. Em carta de condolências escrita à família da vítima, o empresário falou pela primeira vez sobre o caso.

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“Caros pais, Lamento muito o acidente de sua filha. Fiz tudo o que foi possível para evitar que ela pulasse pela janela. Foi uma tragédia e liguei duas vezes para o 911 para pedir ajuda à polícia. Usei toda minha força para salvá-la. Daqui da prisão, lhes envio enormes condolências. Espero que se esclareça minha inocência. Francisco Sáenz Valiente”, escreveu ele. O empresário está preso em uma delegacia de Barracas, bairro de Buenos Aires.

Testemunhas alegam que a a vítima teria tirado a própria roupa em função de uma hipertermia causada pelo consumo de drogas. Além disso, alegam que também não houve sexo entre a vítima e Francisco.

Essas informações vão de encontro com o que é defendido por Ignacio Trimarco, advogado da família da vítima. “Dentro do apartamento, foram encontrados dois preservativos usados cujo material genético será agora analisado para descartar que essa circunstância da morte de Emmily não esteja relacionada com abuso sexual”, indica Trimarco. Esse material está sendo analisado para averiguar se a causa da morte de Emmily não teve relação com abuso sexual.

Apesar disso, os depoimentos de testemunhas apontam para uma mesma direção: Emmily teve um surto psicótico, após misturar álcool, maconha, cocaína e cocaína rosa, uma droga sintética com efeito alucinógeno, e se tornou incontrolável.

As testemunhas são a cubana Dafne Santana, a argentina Lía Alves, além da brasileira Juliana Mourão, que a princípio afirmou às autoridades que não conhecia a vítima.

“As circunstâncias que rodeiam Juliana são, pelo menos, contraditórias. Supostamente é uma amiga que levou Emmily à casa desse empresário, mas quando a amiga dela, segundo o seu relato, teve um acidente e caiu no vão, ela não prestou socorro, sendo uma médica. A polícia a encontrou no hall do edifício, quando Juliana tentava fugir da cena”, relata Ignacio Trimarco.

O resultado do pedido de libertação para Francisco deve ser divulgado pelo juiz na quarta-feira (19).

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