Os Estados Unidos e a China se comprometeram neste sábado (13) com um processo destinado a livrar a Coreia do Norte de suas armas nucleares, com o governo de Barack Obama obtendo um apoio pelo menos retórico do único país que pode exercer influência significativa sobre o vizinho asiático. A questão agora é se Pequim vai cumprir sua promessa de manter “a paz e a estabilidade” e trabalhar com Washington para alcançar a meta de uma península coreana livre de armas nucleares. As declarações dos responsáveis pelas políticas externas em ambos os países ocorrem em um momento no qual a Coreia do Norte parece estar se preparando para testar um míssil, o que provocou séria preocupação dos EUA e de seus dois aliados asiáticos - a Coreia do Sul e o Japão. “Nós podemos - os EUA e a China - ressaltar nosso compromisso conjunto com a desnuclearização da península coreana de uma maneira pacífica”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a jornalistas em Pequim antes de um jantar com o conselheiro de Estado chinês Yang Jiechi. Kerry e Yang disseram que buscarão uma resolução pacífica para o impasse nuclear da Coreia do Norte, que só tem piorado nos últimos meses sob o comando do seu jovem líder Kim Jong Un. Desde a realização de um teste de um artefato atômico em fevereiro, a Coreia do Norte ameaçou fazer novos testes de sua capacidade de mísseis e ainda ameaçou ataques nucleares contra os Estados Unidos, enquanto expande seu programa de enriquecimento de urânio e plutônio condenado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Nós concordamos que isso é de fundamental importância para a estabilidade da região e também para o mundo e para todos os nossos esforços de não-proliferação de armas nucleares. Esse é o objetivo dos Estados Unidos e da China e vamos transformá-lo em realidade”, disse Kerry. A China e os EUA devem tomar medidas em conjunto, a fim de alcançar a meta de uma península coreana desnuclearizada.
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