Moléculas de DNA de músculos são modificadas química e estruturalmente após exercícios físicos, aponta pesquisa publicada na edição de março da revista científica "Cell Metabolism". Já o código genético do DNA não é alterado. Segundo os cientistas do Instituto Karolinksa, na Suécia, as modificações parecem ser etapas iniciais da reprogramação genética dos músculos para obter força e elasticidade. Além disso, as mudanças podem ocorrer imediatamente no caso de pessoas saudáveis, porém inativas, que começam a fazer atividade física. "Nossos músculos são realmente maleáveis", afirmou o pesquisador Juleen Zierath, em material de divulgação. "O músculo se adapta ao que você faz. Se você não o usar, pode perdê-lo. [A mudança no DNA] é um dos mecanismos que permite que isto ocorra", explicou. Este tipo de mudanças no DNA é conhecido como "modificações epigênicas". Ele consiste de ganho ou perda de marcas químicas no DNA. Neste caso, o estudo mostrou que as contrações musculares que ocorrem durante a física eliminam parte de marcas em porções de DNA que ativam genes importantes para a adaptação do músculo muscular aos exercícios. Segundo a pesquisa, a exposição a cafeína tem um efeito similar na química do DNA de músculos, aponta a pesquisa. A substância teria a capacidade de "imitar" a contração muscular de exercícios. Zierath não recomendou o café como um substituto da atividade física, mas disse que a bebida pode ser uma aliada dos atletas. A descoberta ofereceria evidências de que o genoma humano é mais dinâmico do que se imaginava, acreditam os pesquisadores.
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