As gêmeas siamesas Lupita e Carmen Andrade, de 16 anos, nascidas em New Milford, no estado americano de Connecticut, tinham expectativa de vida de apenas três dias após o nascimento. A maioria dos gêmeos siameses morrem logo após o parto, mas as meninas desafiaram todas as previsões e continuam vivas.
Lupita e Carmem aprenderam a dividir tudo na vida, então quando começam as conversas sobre a cirurgia para separação das duas, elas perguntam para a mãe: "Por que você iria querer nos cortar ao meio?"
As meninas são gêmeas Omphalopagus, ou seja, são unidas do peito até a cintura e correspondem a cerca de 10% dos gêmeos siameses. Elas estão grudadas pela parede torácica até a pélvis onde a coluna das duas se encontra. Cada uma tem um coração próprio e dois braços, mas apenas uma perna, sendo a da direita controlada por Carmen e a da esquerda por Lupita. Elas também dividem algumas costelas, o fígado e os sistemas circulatório, digestivo e reprodutor.
Você pode se perguntar como as meninas vão ao banheiro ou lidam com o ciclo menstrual. Nos gêmeos siameses, a bexiga e o útero funcionam normalmente, mas uma pessoa tem o controle de um ou dos dois órgãos. No caso de Lupita e Carmen não se sabe qual das duas têm esse controle.
Apesar de saudáveis, conforme as meninas foram envelhecendo, alguns problemas de saúde começaram a aparecer que podem prejudicar o futuro delas. Lupita tem escoliose, uma curvatura da coluna para o lado que está contraindo seus pulmões. Segundo o jornal britânico "Daily Mail", os médicos dizem que ela pode precisar de uma cirurgia para retirar um segmento da coluna ou então, começar a usar um tanque de oxigênio.
Uma cirurgia para reverter escoliose pode ser um procedimento relativamente simples, mas não é o caso em gêmeos siameses. Há grande risco de morte ou danos cerebrais para Lupita.
Quando as gêmeas eram pequenas, os médicos consideraram separá-las, mas chegaram a conclusão de que não poderia ser feito de forma segura porque elas dividem muitos órgãos vitais e a coluna lombar. Apesar desse problema, elas têm grandes chances de terem uma vida longa.
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Redação iBahia
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