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Grávida é demitida após chefe exigir aborto e ela recusar

Chefe que exigiu que a jovem não tivesse o filho foi obrigado a pagar uma multa de aproximadamente 59 mil reais

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23/06/2015 às 19:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 0:13 - há XX semanas
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Uma jovem grávida foi demitida da empresa onde trabalhava após se recusar a fazer um aborto. O caso aconteceu no Reino Unido, quando Teri Cumlin, 22 anos, foi pressionada pelo chefe a terminar a sua gravidez. A britânica processou a empresa, que foi condenada a lhe pagar uma multa de 12 mil libras - aproximadamente 59 mil reais - pela demissão injusta.
"Eu fui deixada com nada. Eu não tinha dinheiro nenhum, e comecei a me preocupar em perder a minha casa. Foram meses horríveis", relembrou Teri, em entrevista ao jornal The Mirror. Antes de ser demitida, ela foi criticada pelo chefe e sofreu bullying após revelar que esperava o segundo filho.
Ao contar a novidade em julho de 2014, o chefe lhe disse: "Se você quiser uma carreira, eu te aconselho a abortar o seu bebê". A jovem conta que se recusou a tomar esta atitude, especialmente porque já tinha perdido um filho anteriormente - a criança nasceu morta no final da gestação. "Eu comecei a chorar no meio da rua, e ele me disse que era a minha culpa. Ele começou a gritar, me chamando de idiota e dizendo que não iria conseguir me manter no emprego. Foi terrível".Os problemas não terminaram logo aí. Em outra ocasião, durante o trabalho, a jovem disse que começou a se sentir mal por conta do calor e pediu para ficar em pé na sombra, mas não lhe permitiram fazer isso.O chefe dela, Mark Robertson, também criticou a jovem diversas vezes por ir muito ao banheiro e pediu para que ela não bebesse tanta água.O gerente da empresa onde ela trabalhava, a Engage Fundraising, que arrecada dinheiro para diversas caridades no país, já a mandou para casa por meses sem pagar os seus salários.Além disto, Teri foi rebaixada do posto de 'líder da equipe' por conta da sua gravidez. Ao reclamar com o presidente do escritório sobre as atitudes do gerente, nada foi feito.Ela acabou sendo demitida em dezembro do passado. O juiz responsável pelo caso disse que a demissão foi um "ato discriminatório".A jovem, que já tem uma filha de quatro anos, teve pressão alta durante toda a gravidez e acabou precisando ter uma cesárea de emergência em fevereiro deste ano, um mês antes da data prevista para o nascimento do seu bebê.Thomas precisou ficar na UTI neonatal após o seu nascimento. "Enquanto meu bebê estava internado eu comecei a pensar nas coisas que ele me disse, e fiquei muito brava. Como ele pode me dizer para tirar o meu filho?", relembra a britânica.A empresa foi condenada a pagar uma multa de 12 mil libras à Terri como compensação. "Eu estou feliz com a decisão, mas toda a situação foi incrivelmente estressante", comentou.
Correio24horas

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