Um homem na Tailândia matou a filha de 11 meses e se suicidou em seguida, enquanto transmitia tudo pelo Facebook com um smartphone. O episódio ocorreu dez dias depois de um homem matar um idoso em Cleveland, nos Estados Unidos, em um crime também exibido, ao vivo, pela rede social de Mark Zuckerberg.
A polícia tailandesa foi acionada por Jiranuch Trirat, de 21 anos, que, desesperada ao telefone, relatou que seu ex-namorado, Wuttisan Wongtalay, de 20 anos, tinha acabado de fazer uma transmissão do assassinato da filha do casal seguido pelo seu suicídio, em um hotel abandonado na ilha de Phuket, no sudoeste da Tailândia, na tarde desta segunda-feira. O adulto e a criança morreram por enforcamento.
"Eles já estavam mortos quando chegamos lá", disse o tenente Jullaus Suvannin à agência de notícias "AFP". Ainda segundo o policial, o smartphone usado na transmissão foi encontrado apoiado em uma parede.
A polícia acredita que o homem discutiu com a mãe da criança pouco antes do assassinato e que cometeu o crime para atingi-la. De acordo com o jornal britânico "The Mirror", Wongtalay havia acusado Trirat de traição antes de levar a pequena Beta consigo, nesta segunda.
Uma emissora de televisão local transmitiu imagens da mãe da vítima, muito abalada, buscando os corpos da criança e do homem no hospital nesta terça-feira.
A equipe de resgate compartilhou nas redes sociais o passo a passo para os internautas denunciarem o vídeo transmitido por Wongtalay, visando tirá-lo do ar.
O Facebook ainda não comentou este caso. No entanto, a rede social já havia se pronunciado sobre a transmissão de ações desse tipo, prometendo trabalhar para afastar atos angustiantes, como assassinato e suicídio, de serem compartilhados no Facebook.
Em um discurso na última quarta-feira, Zuckerberg afirmou que a empresa "tem muito trabalho a fazer" no que concerce estas questões. "Vamos trabalhar na elaboração de um acordo juntos, não apenas recebendo opiniões externas", acrescentou.
O governador de Phuket pediu que as imagens do vídeo de quatro minutos, cujas cópias ainda estão circulando na rede social, não fossem divulgadas.
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Redação iBahia
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