Uma mãe foi presa por causar lesão grave ao filho, no estado americano do Texas, depois de convencer médicos de que a criança tinha uma rara condição genética. Kaylene Bowen levou o pequeno Christopher, de 8 anos, 323 ao hospital e conseguiu que ele passasse por 13 operações cirúrgicas, todas desnecessárias, no tratamento às supostas doenças.
De acordo com o "USA Today", Kaylene, de 34 anos, teve a guarda retirada do filho depois que a equipe médica do Centro Médico para Crianças do Texas alertou as autoridades. Enquanto a americana forçava as cirurgias, ela levantava recursos na internet com campanhas de financiamento coletivo e fotos de seu filho em tratamento. Uma delas arrecadou US$ 8 mil (cerca de R$ 24 mil) para a batalha do garoto contra uma malformação congênita.
A farsa foi descoberta quando a mãe levou o pequeno ao centro médico de Dallas, no mês passado, e alegou que ele havia sofrido uma convulsão. O "Star-Telegram" teve acesso aos documentos médicos, segundo os quais os médicos desconfiaram que os sintomas do garoto haviam sido provocados. Os profissionais chamaram então o Serviço Protetivo das Crianças. Kaylene nega as acusações.
"Estou muito preocupada que a mãe tenha partido de exagerar sintomas para induzir sintomas", relatou a médica Suzanne Dakil no relatório, segundo o diário americano.
Os investigadores suspeitam que o abuso médico contra a criança tenha começado quando ele tinha semanas de vida, em 2009. Até 2016, ele foi levado ao hospital 323 vezes. A americana tentava desde então colocar Christopher na lista de transplantes de pulmão e anunciava no Facebook que ele tinha câncer.
A polícia investiga se Kaylene sofre de uma doença mental na qual o portador inventa ou causa doenças ou ferimentos em uma pessoa sob seus cuidados. O pai do menino, Ryan Crawford, separado da americana, destacou à rede "NBC" que o comportamento extremo começou logo após o nascimento de Christopher.
"Os problemas escalaram até eventualmente ela dizer que meu filho estava morrendo. Eu estava horrorizado porque, até onde eu sabia, meu filho estava bem. Ele poderia ter morrido (com a ação da mãe). Apenas Deus o salvou", frisou o pai, que disse se sentir responsável por não conseguir interromper a sequência de cirurgias.
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Redação iBahia
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