Uma escola da Cidade do México torna-se o símbolo da tragédia provocada por um forte terremoto de magnitude 7,1 que abalou ontem cinco estados mexicanos. A instituição Enrique Rebsamen colapsou em decorrência do tremor com vários alunos nas suas instalações. Até a manhã desta quarta-feira, o balanço era dramático: entre as vítimas fatais, 22 alunos e dois professores, que morreram na tentativa de salvar os seus alunos, segundo o jornal local "El Universal". Outros 12 adultos ainda estão desaparecidos também.
Socorristas, bombeiros, policiais, soldados e voluntários removem destroços após prédio colapsar em forte terremoto na Cidade do México.Com 200 mortos, México corre para achar sobreviventes de terremoto
Militares e civis participaram do resgate do animal Vídeo mostra cachorro sendo retirado de escombros na Cidade do México. As famílias se desesperam com a falta de notícias sobre as pelo menos 30 crianças desaparecidas, enquanto socorristas trabalham sem parar na tentativa de encontrar sobreviventes. A madrugada foi de lágrimas, aflição e intensas operações de resgate no local.
Os bombeiros conseguiram fornecer oxigênio através de aparelhos para uma menina presa dentro dos escombros. Enquanto soldados retiravam crianças dos escombros, Adriana D'Fargo, mãe de uma criança de 7 anos que estava na escola, viva momentos de aflição. Ela estava desesperada para ter notícias da sua filha.
— Eles não param de tirar crianças, mas não temos notícias da minha filha — disse.
Três sobreviventes foram encontrados por volta de meia-noite quando equipes de resgate formadas depois do terremoto de 1985, conhecidas como "toupeiras", entraram profundamente nos destroços. Na cena da tragédia, um soldado foi visto numa cena emocionante e dramática, em que foi ouvindo gritando: "Parentes de Fatima Navarro, Fatima está viva!", segundo a BBC.
Mais de dez ambulâncias foram ao local para prestar socorro. Militares, policiais e resgatistas circulavam constantemente, enquanto muitas pessoas iam até lá para deixar água, comida, café e tortas para quem estava no epicentro desta tragédia.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que algumas crianças são resgatadas nos escombros da escola. No vídeo, é possível ver o desespero tomando conta de pais de alunos da escola à medida que escavadoras moviam nos escombros sob a iluminação de holofotes. Os responsáveis se agarravam à esperança de que seus filhos estariam entre os sobreviventes. As imagens mostram que um grupo de pessoas se une para salvar crianças que choravam debaixo dos escombros.
Mais de dez ambulâncias foram ao local para prestar socorro. Militares, policiais e resgatistas circulavam constantemente, enquanto muitas pessoas iam até lá para deixar água, comida, café e tortas. O terremoto derrubou dezenas de prédios, destruiu encanamentos de gás e desencadeou incêndios pela capital e em outras cidades no centro do México. Carros foram esmagados pela queda de destroços.
O tremor de magnitude 7,1 deixou ao menos 216 mortos, sendo quase metade das vítimas na capital, exatos 32 anos depois de um terremoto devastador em 1985 e menos de duas semanas depois que um poderoso tremor matou quase 100 pessoas no sul do país.
O governo disponibilizou 3.400 soldados para resgates na Cidade do México. Pessoas ficaram presas dentro de várias construções que se incendiaram na Cidade do México, disse uma autoridade de proteção civil à TV local. A televisão mexicana e as mídias sociais mostraram que alguns edifícios desabaram e carros ficaram esmagados por enormes blocos de concreto.
— Eu fiz parte de um equipe que retirou sete pessoas dos escombros de um prédio. Duas estavam vivas, mas as outras cinco não resistiram. Eu tive que falar com a esposa de uma das vítimas. Nunca havia experimentado nada parecido antes. Estou incrívelmente cansado e, em algumas horas, estarei de pé de novo para ajudar nos esforços de resgate — disse Manuel Mavroleon, reservista do Exército mexicano, à BBC.
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Redação iBahia
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