O ex-mordomo do papa Bento XVI foi condenado neste sábado (6), pela corte do Vaticano, a um ano e meio de prisão após considerá-lo culpado pelo furto de documentos confidenciais da Igreja Católica. Paolo Gabriele também foi condenado a pagar as despesas legais do julgamento. Segundo a AFP, Gabriele disse à Corte que agiu exclusivamente motivado por um amor “visceral” pela Igreja Católica e pelo papa e afirmou não ser um ladrão. Sua defesa pediu que a Corte reduzisse as acusações contra Gabriele de roubo agravado para apropriação indevida, e que ele não seja preso.
Um policial que serviu como testemunha do Vaticano, afirmou que foram encontrados "quase 1.000 "documentos de interesse" na residência do acusado, incluindo fotocópias e originais e alguns documentos com a assinatura do Santo Padre. Uma outra testemunha declarou que, entre os documentos considerados sem interesse para a investigação, havia elementos relacionados à morte de Roberto Calvi, conhecido como o "banqueiro de Deus", que foi encontrado enforcado em 1982 sob uma ponte de Londres. Paolo Gabriele afirmou na terça-feira (2) que Bento XVI foi "manipulado" e declarou ser inocente da acusação de roubo dos documentos, mas disse que sente culpa por ter traído o pontífice. Durante o julgamento, ele afirmou que queria combater "o mal e a corrupção" no Vaticano.
Paolo Gabriele (de terno cinza) durante o primeiro dia do julgamento (Foto: AFP/L'Osservatore Romano) |
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