Uma proteína que é produzida normalmente pelo corpo humano pode ser tornar a mais nova arma contra um tipo de câncer que ainda não tem cura: o linfoma folicular. A descoberta é fruto de um estudo genético, publicado pela revista Cell. A equipe liderada por Hans-Guido Wendel, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, nos EUA, focou a pesquisa em uma porção do cromossomo 6 que normalmente é perdida nos pacientes com câncer. Eles usaram então um método chamado interferência de RNA para localizar um gene que pudesse ser usado em algum tratamento. O gene selecionado é o EPHA7, responsável pela produção da proteína com o mesmo nome. Essa proteína combate os tumores e, por isso, foi usada pelo grupo em uma experiência com ratos. Os ratos tinham tumores de forma humana, que encolheram quando receberam a proteína EPHA7. Os cientistas conseguiram fazer a proteína agir quando a fundiram com um anticorpo que tem como alvo os linfomas. “Fizemos todo o caminho desde os dados do genoma até uma nova droga em potencial”, diz Wendel, autor do estudo. “O EPHA7 não estava no radar de ninguém para atingir o linfoma. Agora está”. Apesar de não haver testes em humanos, os pesquisadores acreditam que o potencial terapêutico é imediato. Eles apontam ainda que a proteína pode ser usada contra os cânceres de mama e ovários.
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