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Republicanos iniciam prévias para decidir quem enfrentará Obama

É na terça-feira, 3 de janeiro, que terá início a corrida dos nove pré-candidatos republicanos

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01/01/2012 às 14:06 • Atualizada em 02/09/2022 às 13:59 - há XX semanas
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A briga para ocupar o cargo mais poderoso do mundo começa oficialmente esta semana. É na terça-feira, 3 de janeiro, que terá início a corrida dos nove pré-candidatos republicanos pelo direito de liderar o partido na disputa pela Casa Branca. A disputa já contou com lances fortes e reviravoltas diversas. Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, foi um dos primeiros a anunciar sua intenção de concorrer. Durante muito tempo, ele liderou as pesquisas, mas encontra-se hoje empatado com o ex-presidente da Câmara de Representantes (deputados), Newt Gingrich, segundo a última pesquisa Washington Post/ABC. Contra Romney há o fato de ele ser mórmon, uma religião ainda tida como controversa (seus fiéis podiam ser bígamos, o que hoje é proibido) pela maioria protestante dos Estados Unidos. Quando era governador, Romney também implementou uma reforma no sistema de saúde estadual parecida com a feita por Barack Obama no plano nacional, que é demonizada pelos republicanos. Ex-executivo, Romney conta, porém, com uma vantagem em relação aos outros: está com os cofres cheios de dinheiro. Com 21% das intenções de voto, ele é também o vice-líder das pesquisas em Iowa, o primeiro estado a votar nas primárias, e se levar o estado, pode ganhar força (veja no quadro como funciona o sistema eleitoral americano). O primeiro colocado no estado, conforme pesquisa do site RealClearPolitics é o deputado texano Ron Paul (veja perfil na página ao lado). Como Romney, ele tentou a indicação republicana em 2008, mas ambos perderam para John McCain. Nacionalmente, Paul tem cerca de 7% das intenções de voto. Quem lidera as pesquisas nacionais é Newt Gingrich, que andava aposentado da política, com 30% das intenções, pouco à frente de Romney. Gingrich foi um dos homens mais poderosos dos EUA. Foi ele quem liderou os esforços para o impeachment do ex-presidente democrata Bill Clinton nos anos 1990. No entanto, terminou caindo em desgraça, após revelações de que ele também tinha casos extraconjugais. Correm por fora ainda a deputada Michele Bachmann, musa do movimento conservador Tea Party, e o governador do Texas, Rick Perry.Outro ex-líder foi Herman Cain. O ex-executivo de uma rede de pizzarias dizia que seria o primeiro presidente "realmente negro" dos EUA. Após algumas denúncias de abuso sexual, entretanto, ele não será mais nem candidato. O jogo pela indicação republicana está só começando. Entenda o sistema eleitoral dos EUAO sistema político americano é dominado por dois grandes partidos, que se revezam no poder há décadas: o Republicano e o Democrata. Os republicanos, classificados como de direita, são liberais na economia e conservadores em temas sociais, como o aborto e o casamento homossexual. Já os democratas, de esquerda, são liberais nos temas sociais e conservadores na economia (maior intervenção do Estado, assistencialismo etc.). Antes de cada eleição presidencial, os dois partidos escolhem os seus candidatos, nas chamadas primárias, que ocorrem em cada um dos 50 estados americanos. Em alguns estados, votam apenas os filiados do partido. Em outros, votam também os cidadãos comuns. Terminada a votação em cada estado, os partidos fazem seus congressos nacionais, nos quais os candidatos são oficializados, apesar de já se saber antes o vencedor, pela soma dos delegados conquistados nos estados. Após a definição dos candidatos (o partido que está no poder tende a escolher o presidente em exercício para a reeleição, caso do atual mandatário, Obama), começa a campanha propriamente dita. No Brasil, vence a eleição presidencial o candidato que somar mais votos em todo o país, independentemente dos resultados parciais de cada estado. Nos Estados Unidos o resultado de cada estado é o que conta, e o voto é indireto. Quem decide a eleição é um Colégio Eleitoral, num sistema pelo qual cada estado nomeia um certo número de delegados que então escolhem o presidente - são 538 delegados ao todo. O número de delegados é escolhido conforme o número de deputados e senadores de cada estado, que, por sua vez, é definido conforme a população estadual. Os mais populosos, como Califórnia, Texas, Flórida e Nova York, por exemplo, têm mais delegados (a Califórnia é o maior, com 55 delegados). O sistema americano foi largamente criticado no ano 2000, na primeira eleição de George W. Bush, quando ele perdeu (por uma estreita margem) no voto popular, mas venceu devido ao número maior de delegados.

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