Um campanha lançada nesta semana pelo Ministério Público da Bahia, em parceria com a Defensoria Pública do Estado e o Tribunal de Justiça da Bahia, busca incentivar a adoção de crianças acima de seis anos, além de grupos de irmãos e crianças com alguma deficiência.
A iniciativa, chamada de "O Amor Não Tem Tamanho", busca solucionar um conflito frequente do processo de adoção: a preferência dos adotantes por crianças mais novas.
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Dados dos sistema nacional da adoção e a acolhimento indicam que, em todo o país, mais de 50% dos 30 mil pretendentes cadastrados têm preferência por crianças de até três anos.
A promotora de Justiça, Anna Karina Trennepohl, dá mais detalhes sobre a campanhas.
"Nós percebemos, analisando os dados do Brasil e da Bahia, que mais de 80% que pretendem adotar querem crianças menores de seis anos de idade. Na Bahia temos 1003 pessoas inscritas e 80% delas querem crianças menores de seis anos. Então, as crianças maiores de seis anos estão ficando sem uma chance de adoção. O MP-BA está tentando incentivar que as pessoas ampliem esse perfil", explicou.
A promotora explica que o tempo de espera para adotar uma criança mais velha costuma ser menor, o que pode significar uma vantagem para os adotantes.
"Nós tentamos mostrar que às vezes as pessoas restringem essa idade e deixam de conhecer outras crianças que podem ter a capacidade de conquistar aquela família. Às vezes, o fato de a criança estar com uma idade menor pode fazer com que o processo demore mais ainda. Quando uma pessoa amplia de 6 para 12 anos, ela vai ter mais chance de ser vinculada a uma criança ou adolescente".
Para saber mais detalhes da campanha e tirar dúvidas sobre a adoção de crianças e adolescentes, e só acessar o site oamornaotemtamanho.mpba.mp.br.
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