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Tierry - Estamos indo pro sétimo mês agora e assim acredito que foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida artística. Estamos fazendo uma média de 8 a 15 shows no mês, e a agenda só está aumentando. A minha música de trabalho "Chorência" está super bem executada e as pessoas me abraçaram de uma forma surpreendente, até porque, elas não sabiam que eu cantava esse estilo com a propriedade que eu trouxe no meu disco. Acho que inicialmente as pessoas não acreditaram muito na mudança do ritmo e posicionamento de carreira, , mas os meus fãs que me conheciam e sabiam do meu talento e da minha história e sempre acreditaram. No início, minha produtora se propôs a mostrar meu trabalho para os principais contratantes por um valor de custo para as pessoas conhecessem o show e após seis meses já temos o retorno disso, e já somos uma realidade no mercado, isso não tem preço.
iBahia - Sentiu medo que algo não desse certo?
Tierry - Não tive medo, tive alguns receios normais, por conta da mudança. Toda mudança é bem complicada, mas é preciso ter coragem pra vencer, afinal o homem vive de desafios e a composição me ajudou muito a está tranquilo, podendo trabalhar com calma.
iBahia - No Fantasmão você cantava as 'músicas do Gueto'. O que fez encaminhar para uma outra linha musical?
Tierry - Cantava música do povo e continuo cantando, afinal, "quem disse que malandro não ama", né?! Mas até no próprio Fantasmão os meus maiores sucessos foram românticos como "Grove romântico", "roubar você pra mim", "menina linda", "amor de motel", "quebrar e arrochar" com Pablo, entre outras que os fãs cantam até hoje. Fora a questão de que eu já estava muito nesse meio arrocha-sertanejo com as minhas composições. E eu fui criado no interior, apesar de ser soteropolitano. Lá cresci ouvindo arrocha, nomes como Marcio Moreno, Nira Guerreira, Nara Costa, Asas livres, Tayrone Cigano, além da MPB super presente na minha família .
iBahia - Como se deu a escolha do repertório para o novo CD?
Tierry - Precisava chegar forte, impressionando, mostrando personalidade. Então selecionei musicas com melodias fáceis e bonitas, com um papo bem popular e que todo mundo pudesse ouvir. Chamei quatro caras fantásticos, quatro irmãos que abrilhantaram meu disco (Lucas Lucco, Leo Santanna, Pablo e Tayrone). Chamei os meus melhores parceiros de composição, só os feras (Flavinho, Magno Santanna, Escandurras e Samir), pra compor comigo as musicas e deu no que deu... Um mix de sucessos não poderia dar errado.
iBahia - O carro chefe do novo projeto 'Chorência', tem uma pegada mais de arrocha. As outras canções também seguem essa linha?
Tierry - No projeto Tierry, na farra ou na sofrência eu mesclei as musicas, com um pouco de sofrência e um pouco de arrocha sertanejo, claro que seguindo um ritmo que é o arrocha tradicional baiano misturado com um ritmo latino, chamado de Bachata que é outro ritmo influenciado pelo Bolero, e tem como características principais a presença de 3 instrumentos marcantes. O bongô, o torpedo e a guitarra que sola constante. Adicionei a batida de bumbo do nosso arrocha, o romantismo do sax e as violas sertanejas. E claro que não poderia falta a batida da Bahia e então coloquei uma percussão bem nossa, pra ser diferente, afinal se for pra ser igual, não vai. É preciso inovar e ser eclético. No nosso show a gente toca de tudo, a gente quer dar o nosso melhor e voltar a cidade, ao evento no próximo ano.
iBahia - Quando você tomou gosto para compor? Já era uma coisa que vinha desde a época do Fantasmão?
Tierry - Componho desde novinho, bem antes do FTM, tive a influência da MPB, ouvia muito quarteto em si, Tribalista e todo mundo falava dos grandes compositores que eram Chico Buarque e Carlinhos Brown. Queria ser também e então comecei a escrever.
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| Produtor musical Dudu Borges e Tierry |
iBahia - Como surgiu a parceria com Dudu Borges?
Tierry - o Dudu é o Messi da produção musical, meu amigo querido, no qual sou muito grato. Tive a oportunidade de conhecê-lo no prêmio multishow de música em 2014, após o convite que recebi do meu amigo e parceiro Magno Santanna (concorrendo a música chiclete por Lepo, Lepo do Psirico), pra ir a festa, festa na qual fui pela segunda vez, por que já havia ido em 2013, concorrer com a música "Dançando" da nossa querida Ivete. Após a premiação rola uma super festa onde ficam vários famosos, atores globais, cantores, produtores e aí nós batemos com o Dudu Borges e assim, senti uma coisa muito boa, ele dei o contato pessoal e na outra semana estávamos em São Paulo, de onde a gente não sai mais. E essa parceria já nos trouxe muita coisa boa. Inclusive, agora o álbum "os anjos cantam" do Jorge e Matheus está concorrendo a um Grammy Latino. É muita alegria não?! Muito orgulho. Ter a música de trabalho e o nome do disco é demais.
iBahia - No que você se inspira para compor?
Tierry - Me inspiro no povo, na alegria, na tristeza, na saudade... Me inspiro nas paredes do meu quarto, amo poesia, leio muito, sou inquieto (rs).
iBahia - Quantas músicas, mais ou menos, você já compôs?
Umas 500?! Mais ou menos (rs), mas gravadas umas 300, Sucesso, explosão umas 30 a 40 músicas.
iBahia - Qual o segredo de tantas músicas de sucesso?
Tierry - Deus!!! Sou usado por ele. Foi ele quem me deu o dom.
iBahia - Já pensou em deixar de cantar e investir só em composições?
Tierry - Hoje já poderia, mas amo cantar também, então necessito pra alimentar minha alma. Ouvir as pessoas gritarem, cantarem, flashs, fãs, festas, ser artista é muito gostoso e da pra conciliar direitinho. A semana é pra compor e o final de semana pra cantar.TOP 10–composições de Tierry:1-Jorge e Matheus -"Os anjos cantam"2-Lucas Lucco-"Vai vendo"3-Luan Santana -"O Recado"4-Aviões do Forró -"Eu, ela e a amiga dela"5-Claudia Leitte e Luan Santana -"Cartório"6-Pablo e Ivete Sangalo -"Vingança do amor"7-Luxúria -"Poder Monetário"8-Parangolé -"Tchuco no tchaco"9-Neto LX -"Vou trair" 10-Simone e Simara e WesleySafadão -"Não vou mais atrás de você"
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