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NEM TE CONTO

Ex-BBBs ficam constrangidos com presentes caros de fãs

"Medo de decepcioná-los", diz Ana Paula, que chegou a receber joia no valor de 2 mil reais

• 02/05/2016 às 8:33 • Atualizada em 28/08/2022 às 2:54 - há XX semanas

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Viagem para a Disney: R$ 4 mil. Festa de aniversário para dois: R$ 60 mil. Joia da moda: R$ 2 mil. Anel de ouro: R$ 500. iPhone 6: R$ 4 mil. Tem coisas que só o dinheiro de fã paga. Esta é uma pequena parte da lista de presentes que muitos ex-BBBs recebem deles. Gente que não é fiel apenas quando o reality show está no ar, fazendo campanha e votando. Somados a estes mimos um sem número de cartas, canecas, bichos de pelúcia, além de horas de dedicação e divulgação espontânea da rotina de seus ídolos. Mas não é qualquer participante que consegue ter uma legião de fiéis escudeiros, nem sempre tão abastados. Normalmente são aqueles que se destacaram no programa. Por personalidade ou longevidade. Mas de onde vem tamanho amor por gente pretensamente comum, como você, caro leitor? “Pela identificação e por ver, de alguma forma, seus desejos serem realizados através do outro. De certa forma, existe aí uma projeção”, avalia a psicóloga Rosana Talarico.
Ana Paula Renault tem uma caixa postal em Belo Horizonte, onde mora. Tem que esvaziá-la a cada semana porque fica abarrotada de presentes de fãs. “Recebo desde cartinhas, cartão postal até lembranças mais caras. Só que eu tenho uma grande resistência em receber presentes assim porque fico bastante sem graça. Sei o valor do dinheiro, e sei como as coisas não estão baratas”, pondera a ex-BBB: “Por exemplo, um grupo de fãs se juntou e me deu uma pulseira que estou usando agora com pingentes que contam a história da pessoa. Me deram abarrotada de pingentes. Achei tudo muito lindo, com uma apostila cheia de carta... Só que eu falei, mesmo dividindo, é caro. As pessoas que gostam de mim não precisam gastar dinheiro”. O mesmo aconteceu na Páscoa. Ana Paula ganhou vários ovos. “Sei que não são baratinhos. É uma delícia, mas nãoi precisa. Se postarem uma foto com algo que tenham comprado para eles mesmos, vou ficar bem mais feliz”, avisa ela. A mineira também anda ganhando muitas garrafas de champanhe, vinho e cachaça, e diz não temer essa estreita relação que tem com seus seguidores: “Me assusta, sim, a ideia de decepcionar essa galera que me deu tanto apoio. Tento retribuir o carinho da melhor forma, sendo uma pessoa melhor”. Munik já avisou aos fãs: não quer saber de receber presentes que custem uma fortuna. A vencedora do “BBB 16”, e portanto com R$ 1,5 milhão na conta, recebeu de dez fãs um solitário no valor de R$ 500. Eles fizeram uma vaquinha para comprar a joia. “Mas já sabemos que ela não gosta de coisa cara”, diz o goiano Warley Guimarães, de 21 anos, estudante e fã declarado da moça. Munik explica suas razões. “Eu falo para meus fãs que não gosto que me deem nada que custe muito. Sempre dou o limite e quero ficar próxima deles. Eles são responsáveis por muita coisa na minha vida”, diz a morena, que em seu novo apartamento no Rio vai ter a companhia de muitas canecas, caixas de fotos e até um roupão dado por sua legião de defensores. Para Warley, o fã incondicional, as qualidades de Munik o levaram a trocar um amor antigo por Anamara pela nova ganhadora do “BBB”. “Porque ela mudou bastante e não gosto disso. Ela deixou a fama subir à cabeça. O que me encanta na Munik é a humildade e o carisma dela”, diz o estudante, que “trabalha” na divulgação de eventos da musa nas redes sociais: “Gasto o possível dando presente às vezes. Que Munik nunca perca suas características, pois seus fãs a amam”. Nasser foi o vice-campeão do “BBB 13”. Sua mulher, Andressa, a quem conheceu no confinamento, a terceira colocada. Mas no coração de seus fãs, os dois são primeiríssimos. “Eles acompanham tudo o que fazemos, nos ajudam, divulgam, compartilham e mesmo depois de três anos (até hoje me impressiono) continuam nos dando força em tudo”, supreende-se. Não só força. Também há três anos, Nasser e Andressa ganharam uma festa de aniversário no valor de R$ 60 mil de seus fãs. “Sempre me sinto sem graça, não me acostumei até hoje com essa vida nem vou! É difícil para mim receber presentes, fazer moeda de troca postando algo na rede social e recebendo de volta! Nunca me acostumei com essa vida”, avalia o ex-BBB: “Andressa mantém mais esse contato com nossos fãs pelas redes sociais, alimenta essa relação. Nunca me senti invadido, mas a gente tem que saber se ‘proteger’”.
O amor de um fã por um ex-BBB nem sempre segue carreira solo. Quando há formação de casal no programa, normalmente as torcidas se unem e passam a legislar em nome daquela dupla da vez. Quem acompanha o reality de olho nas redes sociais deve se lembrar do esquadrão Ferline, que uniu Fernando e Aline do “BBB 15”. O casal passou a mostrar toda a sua rotina na web, incluindo a gestação do primeiro filho, fruto dessa paixão televisiva. Semana passada, porém, Aline deu seu grito de independência ao dizer que não quer divulgar o nascimento do bebê nem foto dele. “Eles dividiram com os fãs tudo da gestação. E agora, pediram, com todo o direito, que respeitem o momento deles. Nós como fãs, e eu como mãe entendo e respeito”, pondera Valéria Dutra Panhoca, de 45 anos, fonoaudióloga, que se afeiçoou à dupla quando eles começaram ujm romance na casa do “BBB”: “A identificação foi de imediato. Pela verdade que passam, pelo sentimento verdadeiro que os uniu. Isso fez com que me juntasse a essa legião de fãs e torcesse por eles até depois do fim”. Casal preferido desta edição, Cacau e Matheus ou só Catheus vivem dias de Cinderela. E vão para a Disney com passagem dada pelo fã-clube. “Isso acontecia apenas com os artistas, que estão aí para oferecer o seu ofício ao público. Os BBBs apenas se exibem na TV. É o que se pode chamar de sociedade do espetáculo, onde as pessoas se projetam no outro”, analisa a antropóloga Alba Zaluar. Na semana passada, Adélia e Juliana, também desta edição, foram pegas de surpresa. Soube que um encontro delas com fãs teria ingresso cobrado. Elas desistiram. Mas a fã Elisângela Rodrigues, de 36 anos, analista contábil em São Paulo, conta que o dinheiro, na realidade, seria para custear o espaço e um bufê: “Ela não teve nada a ver com isso. Foi um mal-entendido”, conta ela, que ainda é fã de Tatiele Polyana, Roni e Amanda Gontijo: “Me identifico com eles não só pela história de vida, mas pelas características e qualidades como seres humanos”. Ela não gasta tanto dinheiro ou tempo seguindo seus ídolos: “Tenho uma filha e uma vida para me dedicar. Porém, quando eu quero dedicar algumkas horas a eles, seja procurando matérias e sabendo como estão as coisas, faço postagens no fã clube e no Instagram. Antes de julgarmos alguém, temos que saber a história de cada um. São sere humanos como todos nós. Respeito e tenho zero preconceito”.

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