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NEM TE CONTO

'Frequento umbanda, candomblé, budismo...', revela Rafael Cardoso

Ator está em sua segunda novela espírita, onde interpreta Danilo e Daniel

Redação iBahia • 04/02/2019 às 14:48 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:38 - há XX semanas

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Se Rafael Cardoso interpreta com naturalidade dois personagens em “Espelho da vida” — Danilo e Daniel —, fora da ficção ele desempenha com desenvoltura vários papéis. Na vida real, o ator de 33 anos, além de atuar, é pai, empresário, artista plástico e já tem planos de virar apresentador. “Vou produzir um programa meu. Só não posso revelar ainda qual é a ideia do projeto”, desconversa. Neste bate-papo, o artista, sensível e atencioso, revela o que mudou em sua vida após sofrer um assalto no fim de 2018, fala da rotina em família e muito mais!

“Espelho da vida” é sua segunda novela com temática espírita (a primeira foi “Além do tempo”, em 2015). Você acredita em vidas passadas?

Acredito. Frequento de tudo um pouco. Centro espírita, casa de umbanda, candomblé, templo budista... Sou espiritualista, cuido da alma. Corpo, mente e espírito têm que estar alinhados para a gente seguir em frente.

Em novembro do ano passado, você foi vítima de um assalto à mão armada. O que mudou a partir desse episódio de violência?

Mudou muita coisa. Fiquei um tempo recluso até para organizar os pensamentos. Comecei a repensar o que realmente importa, já que a vida é uma vela que pode ser apagada a qualquer momento. Não perderei mais tempo com besteira. Vou cuidar dos meus filhos (Aurora, de 4 anos, e Valentim, de 9 meses, frutos do casamento com a atriz Mariana Bridi), dar o meu melhor para minha família e, quando puder, realmente eu vou embora para Portugal ou para os Estados Unidos. Quero que meus filhos possam correr na rua. Eles ainda são pequenos, ainda controlo, mas como vou ficar quando estiverem saindo com os amigos? Estou ótimo, mas espero poder dar uma vida melhor para eles.

Então, está nos seus planos dar um tempo das novelas?

Tenho contrato por mais três anos, mas isso vai acontecer. Já tenho conversado de leve sobre o assunto. Quero um momento para viajar. Isso é necessário para eu me desligar um pouco, ver as crianças crescerem. Preciso de um tempo para estar com a família, e essa hora chegou.

Como você é no papel de pai?

Tento ser um bom pai. Mas não tem escola, aprendi na prática. Faço o melhor que posso todos os dias. Meus filhos são maravilhosos. Já vejo diferença em ser pai de menina e de menino. Valentim é muito carinhoso, mas é bruto: bate, aperta, segura, reclama. Menino desenvolve a motricidade (funções nervosas e musculares que permitem os movimentos voluntários ou automáticos do corpo) mais rápido. Já a menina tira onda na parte cognitiva (função psicológica atuante na aquisição do conhecimento). A gente tem muito o que aprender com as mulheres.

De que maneira Aurora lidou com a chegada do irmão?

Rolou muito ciúme. Como a mãe tem que amamentar, não tem jeito, Aurora diz que o pai é dela (risos). Ela já melhorou, mas, se eu pego Valentim no colo, ela finge que machucou o dedo, fala que não está conseguindo fazer alguma coisa para eu ir ajudá-la. Eu até comprei vários presentinhos para entregar escondido às pessoas que fossem visitar o Valentim para que eles dessem uma lembrancinha primeiro para Aurora para só depois presentear o irmãozinho. Mas esse processo do ciúme já está passando.

Em “Espelho da vida”, você faz dois personagens: o artista plástico Danilo, que viveu nos anos 30, e Daniel, um fotógrafo dos dias atuais que está fazendo terapia para entender a angústia que sente sem motivo aparente. Como é se dividir nesses dois papéis?

Como já pintava, estou pintando mais para entrar no universo do Danilo. Também tenho fotografado mais para estar em contato com o mundo do Daniel. No mais, quis ficar de cara limpa porque estava há muito tempo sem barba. Minha filha é que não gostou muito dessa mudança. Ela diz: “Cadê sua barba, papai?” e “Eu não gosto, deixa essa barba crescer”.

Você pensa em fazer uma exposição para apresentar ao público o seu trabalho como artista plástico?

Mais para frente, porque preciso me desenvolver mais. Sou muito ruim (risos). Nem presenteio ninguém com as minhas obras. Deixo tudo guardado.

Além de ator e artista plástico, você é empresário (tem três restaurantes, uma fábrica de suco orgânico e está abrindo uma indústria de água). Como consegue conciliar tantas atividades?

Acompanho planilhas o tempo inteiro e tenho profissionais competentes trabalhando comigo. O que mais me motiva é a arte, que foi o que me proporcionou desenvolver meu lado empreendedor. Nunca gastei com nada de supérfluo, de ostentação. Então, decidi investir para ter mais segurança (financeira).

O que tem a dizer aos jovens que sonham seguir a carreira artística?

Não desista dos seus sonhos, persevere e tenha planos A, B, C, D, E. F... Para chegar aonde estou, lavei muito prato em restaurante e fiz eventos para ganhar R$ 50. Corri muito atrás e faria tudo de novo.

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