Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > diversão > nem te conto
Whatsapp Whatsapp
NEM TE CONTO

'Tenho sete perfurações por facadas', diz Luisa Marilac

Luisa afirma que teve que iniciar um tratamento médico para lidar com as consequências dos traumas psicológicos

Redação iBahia • 10/05/2019 às 13:42 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:20 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!
Luisa Marilac está lançando o livro "Eu, travesti", pela editora Record e em parceria com a jornalista Nana Queiroz, e desabafou sobre dificuldades de sua vida. Travesti, a influenciadora digital relata agressões, comenta sobre sua maneira de enfrentar a vida e revela que chegou a sofrer tentativas de assassinato.
Foto: Reprodução
"Eu conheci a morte muitas vezes. A primeira, que eu tive de frente com ela, foi quando tomei facadas. (Eu estava de costas) e nem vi de onde veio. Tenho sete perfurações, uma delas no pulmão. Fiquei dois dias em coma", contou, em entrevista ao canal do Youtube de Regina Volpato.
Luisa afirma que teve que iniciar um tratamento médico para lidar com as consequências dos traumas psicológicos:
"Tive que fazer um tratamento hormonal. Mesmo tratando para não reviver aquilo e sentir dor, tive um problema emocional muito forte. Agora tomo remédio para o resto da vida. Isto apareceu no processo de escrever o livro. Acabou sendo uma terapia porque eu queria gritar para o mundo. Digo que dei voz a mulheres que não estão vivas para gritar".
Aos 41 anos, Luisa, que se tornou uma ativista LGBT e sofreu ataque transfóbico do cantor Nego do Borel, afirma que escreveu o livro para ajudar outras travestis e pessoas que sofrem com a discriminação:
"Foi uma forma de deixar uma mensagem para o mundo, para que as pessoas olhem para pessoas como eu de uma forma diferente. É para abrir os horizontes das pessoas".
A ativista também relata que demorou a se acostumar com ser uma celebridade da internet. Ao receber ligações para entrevistas, ela se surpreendia:
"A mulher me ligava e eu desligava o telefone na cara dela. Entrevistar uma travesti, na minha concepção naquela época, era coisa ruim. Travesti só dava entrevista para coisa ruim: travesti só estava na mídia quando matava ou quando roubava ou quando era morta (sic)".

Leia mais:

Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM NEM TE CONTO :

Ver mais em Nem Te Conto