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Como preparar os filhos para o mercado de trabalho? Veja dicas

Vale lembrar que tanto a Geração Z como a Alpha (nascidos a partir de 2010) chegaram ao mundo em uma era de recessão e taxas de desemprego altíssimas

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Redação iBahia

07/11/2018 às 21:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:25 - há XX semanas
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Os jovens da Geração Z (nascidos entre 1999/2000 e 2010) estão começando a chegar ao mercado de trabalho. Mais bem-preparados do que qualquer outra, eles buscam o emprego dos sonhos. Até aí, nada parece ser diferente do desejo das outras gerações. Mas é. E muito. Eles estão, de fato, focados em encontrar esse trabalho que tanto desejam. Ainda que uma boa parte da população precise pagar as contas no fim do mês e nem sempre pode se dar ao luxo de sair atrás do tal emprego dos sonhos, eles não desistem tão facilmente. Usam as horas livres para construir algo que acreditam, trabalham como voluntários, fazem cursos diversos e empreendem sem medo – segundo estudo da TNS, uma agência de pesquisa global que acompanha as gerações, 76% deles querem gerenciar suas carreiras com liberdade e trabalhar para várias empresas, ou para a própria. Tudo porque buscam uma profissão que seja, na verdade, um propósito de vida. Para 74% deles, o trabalho precisa ter um significado que vá além do salário.
Foto: Divulgação
Vale lembrar que tanto a Geração Z como a Alpha (nascidos a partir de 2010) chegaram ao mundo em uma era de recessão e taxas de desemprego altíssimas. Por outro lado, estão muito mais preocupadas com causas sociais e têm a tecnologia na palma das mãos. Com ela, podem se comunicar com o mundo, trocar experiências, aprender e empreender mais facilmente. Tudo isso faz com que fiquem apenas em empregos que tenham líderes inspiradores e ofereçam novos desafios a todo tempo. Ansiosos, não se importam em trocar de trabalho continuamente. Pelo contrário: veem nisso uma oportunidade de obterem mais conhecimento. Como aprenderam a ser flexíveis, se adaptam sem dramas a novas situações. E, até por conta da crise econômica, sabem que irão ter que se virar sem os benefícios garantidos pelos empregos fixos e os direitos trabalhistas.
Muitos de nós, pais da geração X, sentimos um certo desespero ao pensar nesse futuro mais incerto e sem garantias mas, por outro lado, mais livre e flexível. Como podemos, então, preparar nossos filhos, independente da profissão que ele escolha? Segundo os especialistas o principal passo é ensinar a eles o autocontrole: do dinheiro, do tempo, dos sonhos. Ter as rédeas da própria vida dá mais trabalho e é preciso de uma certa dose de organização e muito planejamento. Sendo assim, incentive seu pré-adolescente a tomar algumas decisões por conta própria. No começo, com a sua tutela, claro, mas aos poucos dê liberdade para que ele tenha projetos e tente tirá-los do papel. Já falamos aqui sobre a autonomia da lição de casa – um bom começo para ele treinar responsabilidade e gerenciamento do tempo.
Quer mais um exemplo prático? Minha filha de 9 anos chegou em casa contando que quer fazer uma apresentação de patins com as amigas. Não é uma apresentação qualquer: tem cenário, figurinos e até rodinhas de LED. Além do tempo que elas vão precisar para ensaiar (e tudo o que isso implica: a escolha da música em grupo, a criação da coreografia, a organização do horário para se encontrarem sem que atrapalhe a rotina etc etc etc) tem o dinheiro que será necessário para colocar o show em pé. Das seis meninas do grupo, apenas uma ganha mesada – justamente a que não quer se apresentar, mas quer participar do resto e será a “empresária”. Em nenhum momento elas pediram dinheiro aos pais.
Fizeram as contas (de verdade, em uma planilha, com os preços de cada item pesquisados na internet) e, além da economia atual não ser suficiente, chegaram à conclusão que não é justo apenas uma arcar com os custos. Primeira decisão: o show foi adiado de janeiro para julho. Dessa forma, terão mais tempo para ensaiar, para produzir tudo, para reduzir as despesas e para levantar fundos. Já descobriram que alguns itens da apresentação podem ser emprestados de amigos e outros, alugados. Agora, estão na fase de organizar as ideias para arrecadar mais dinheiro e começaram a montar a coreografia. Tem quem vai pedir patins novo de presente de Natal e deixar de lado o desejo anterior. Não sei no que tudo isso vai dar. Nem se não vão desistir da apresentação daqui um mês - pode até ser que sim, porque quem convive com um tween sabe como eles são volúveis. Mas, no mínimo, elas terão aprendido a se planejar, a estimar custos, a organizar a agenda, a negociar umas com as outras, a respeitar as decisões tomadas em grupo – justamente as habilidades que precisarão no mercado de trabalho quando chegarem lá.

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