Vai para o exterior? Veja como se defender da flutuação do dólar

A flutuação do dólar, com altas constantes, tira o sono de turistas com viagens programadas para o exterior. Nesta quinta-feira, a moeda americana chegou perto de R$ 4, a maior cotação desde março de 2016. E é justamente no câmbio turismo que não para de subir. Em casas de câmbio do Rio, passava dos R$ 4,30 no cartão. Em espécie, era comercializado, em média, a R$ 4,15. O euro também anda assustando. A moeda europeia bate quase os R$ 5.

Para o viajante, todo cuidado é pouco para não atropelar o orçamento e estragar as tão sonhadas férias. A seguir, dicas para se defender das altas da moeda estrangeira e aproveitar bem a viagem. Sem entrar em falência.

PLANEJAMENTO

O ideal é embarcar para suas férias com tudo já devidamente organizado. Passagens aéreas pagas, hotel reservado, bilhetes de trem comprados, carro alugado. Tudo o que for possível. Por quê? A resposta é simples: quem compra com antecedência encontra preços mais baixos e evita surpresas de última hora. Antes, porém, vale ficar de olho em promoções de companhias aéreas e hotéis, que estão a todo tempo divulgando ofertas. A tecnologia também é uma aliada. Na internet, é possível comparar preços facilmente. Além disso, há aplicativos que nos avisam, inclusive, sobre ofertas exatamente para onde queremos ir.

AUTOCONTROLE

Orçamento é tudo. É preciso estabelecer um teto de gastos diários e conseguir que ele seja cumprido. Anotar num caderninho ajuda a não perder o controle durante a viagem. Se gastou um pouco mais em um dia, compense gastando menos no seguinte. Economizar dá trabalho. Afinal de contas, tudo na zona de conforto custa mais caro. E depois a conta chega.

NA MÃO

Pesquisar os preços do dólar turismo nas casas de câmbio também é muito importante. Muitas oferecem descontos, conforme a quantidade adquirida, e algumas têm cotação mais em conta. E o ideal é comprar a moeda do país visitado para evitar cobranças extras.

Uma das melhores formas de evitar o gasto excessivo é evitar o uso do cartão de crédito. A conversão dos gastos em dólares só acontece no dia do fechamento da fatura, e, em épocas de variações cambiais diárias, o valor da divisa americana se torna uma incógnita. A diferença cambial entre os dias de fechamento e de pagamento do cartão chegará na fatura seguinte, e, poderá gerar surpresas desagradáveis.

Com dólar em alta, a melhor forma de economizar na conversão cambial é comprar o papel-moeda, que tem taxa de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) menor do que cartões de crédito e de débito. É preciso, porém, ter toda atenção à segurança, já que o papel-moeda, em caso de perda ou roubo, representa perda sem reposição. Se o sentimento for de que o dólar subirá mais com o passar dos dias, então os cartões pré-pagos podem ser boas opções: você carrega o cartão com valores na moeda americana e o guarda para a viagem. Quando estiver no exterior, você só terá para gastar no cartão o que tiver comprado previamente.

DE GRÃO EM GRÃO

O pulo do gato, segundo agentes do mercado de câmbio, é fazer aquisições da divisa aos poucos, um montante por mês, tanto no caso do papel-moeda como ao carregar o cartão pré-pago. Se fizer isso, você provavelmente não vai conseguir comprar a divisa no menor preço nem no maior, mas no fim terá uma boa média e não ficará tão refém, nem ansioso, em relação às oscilações.

TRANSPORTE

Muitas cidades oferecem passes especiais, os chamados city cards para transportes coletivos, que barateiam muito a locomoção. De quebra, eles ainda oferecem descontos em museus e outros passeios. No caso de aluguel de carro, hábito muito típico de brasileiros durante as viagens, uma dica é optar por modelos compactos e, claro, mais em conta.