Icaro Oliveira tenta superar a má qualidade da escola pública |
“Começo a estudar às 7h da manhã e só termino às 22h, emendando as aulas da escola normal e do cursinho gratuito que frequento a noite”. Filho de pai pedreiro e mãe doméstica, o adolescente afirma que a falta de dinheiro não pode ser desculpa para não estudar. “Aí que a gente tem que se virar mesmo. O sol nasceu para todos. Lógico que alguns recebem o raio com mais intensidade, mas a vida é assim mesmo. Não gosto de lamentar”, filosofa entusiasmado. Para a mãe, Josineide Araújo de Oliveira, o filho já é motivo de muito orgulho. “O esforço dele me emociona muito e ficarei ainda mais envaidecida quando ver meu filho na faculdade. Ele sempre se esforçou muito na vida e merece um futuro brilhante”, diz.
Ícaro Amancio, saiu da cidade natal para ingressar em uma univesidade pública na capital |
Nesta mesma via, está o estudante da cidade de Marcionílio Souza – região da Chapada Diamantina, localizada a cerca de 400 km de Salvador, que se mudou para a região metropolitana de Salvador para realizar o sonho de ingressar em uma universidade pública. Hoje Icaro acorda com o sol. “Às 5h da manhã já estou de pé, para chegar na escola às 7h, fico lá até o fim da manhã e depois sigo para o cursinho preparatório a tarde”, explica. O estudante quer cursar Direito em uma universidade pública e pontua suas dificuldades com as exatas. “Para resolver esse problema, exploro bastante os professores em sala de aula e assisto a vídeo-aulas”.
Trabalho x Estudo
Conciliar trabalho e estudo é o grande desafio |
“Quero a oportunidade de ter um emprego melhor”. A fala de Islania Almeida, 21, justifica todo o seu esforço para conseguir uma boa classificação no Enem. De acordo com a operadora de telemarketing, a finalidade é buscar trabalhar em algo que ela realmente se identifique e para isso se desdobra para poder dar conta dos estudos. Ela agora aposta na experiência, já que fez o exame duas vezes. “Cheguei a passar em uma universidade pública, mas por conta da correria do trabalho acabei não conseguindo nem me matricular”, lamenta. Para dar conta dos estudos e conciliar com os horários de trabalho, Islânia explica que conta com a ajuda da irmã, estudante de administração e às vezes passa as madrugadas estudando, “além dos sábados e domingos dias que estou um pouco mais livre”, explica.
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