A escolha da profissão é uma questão que deve ser muito bem pensada. Quando se trata do futuro, o jovem avalia entre afinidades, aquela ocupação que acredita que terá mais possibilidades de crescimento e realização financeira. O curso de Engenharia Civil está entre os mais procurados nas faculdades da Bahia, mas será que os estudantes e profissionais estão sendo bem preparados para a função? Recentemente, em uma palestra no Agenda Bahia – Olhando 10 anos à frente, Ricardo Telles, diretor regional Nordeste da AGRE Incorporadora, disse que em dez anos, haverá um déficit de 250 mil engenheiros no mercado, isso porque a qualidade e exigência das faculdades estão cada vez menores. Em uma profissão na qual o salário está entre os maiores, tanto para estudantes quanto para formados, e com grandes oportunidades de emprego, o nível dos profissionais, algumas vezes, deixa a desejar. Humberto Garrido, diretor de recursos humanos da OAS Empreendimentos, enfatiza que houve um grande crescimento no mercado imobiliário e a profissão de Engenharia Civil teve uma retomada nos últimos sete anos. “A Bahia teve um dos maiores crescimentos imobiliários do país, o que fez com que os engenheiros fossem absorvidos, e hoje temos uma escassez desses profissionais no mercado”. Garrido acredita que se o Brasil continuar crescendo e a política econômica do governo for mantida, o segmento continuará em ascensão. Para aprimorarem um pouco mais seus conhecimentos, os profissionais recém-formados, na OAS, são empregados como trainees. “Eles entram na empresa para participar de um programa intensivo de treinamento, depois de um período como trainee, seguem para serem engenheiros”, explica.
Cursando o sétimo semestre de engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Pedro Sousa já trabalhou em diversas obras, mas atualmente estagia no setor de personalização de apartamentos de um condomínio em construção em Salvador. Pedro conta que já esteve em situações nas quais um estagiário foi promovido a técnico para poder ter mais responsabilidade sobre uma obra. “Não é comum um estagiário assumir uma obra muito grande, quando precisam de mais responsabilidade, promovem o estagiário para técnico, mas ele continua sendo supervisionado por um engenheiro responsável”. A média de salário de um estagiário de engenharia civil é de cerca de R$ 1 mil.
Na OAS, o trainee, a cada mês passa por três dias de treinamento para temas específicos, o que faz com que ele também tenha um aprendizado teórico. “Ao longo do período do programa, também os estagiários, além da experiência prática, são treinados no aspecto teórico, o que contribui ainda mais para o estudante”, explica Garrido. O engenheiro civil Paulo Paim já trabalhou como professor acadêmico durante muitos anos, mas hoje é diretor de engenharia da Petrobahia. Para Paim, os estudantes de engenharia têm muita informação, mas em termos de preparo acadêmico, ainda estão despreparados. “Vemos uma deficiência dessa turma que vem procurar estágio”, afirma. Ele acredita que esse problema acontece principalmente porque há uma proliferação muito grande de cursos em várias faculdades e até a própria formação do professor, que também vem com muita imperfeição. O especialista entende que a responsabilidade de uma empresa quando concede estágio a um aluno é contribuir para a sua formação, além de servir como um observatório para que ele possa entrar no quadro de contratados. “Algumas tarefas com mais responsabilidades devem existir para eles terem mais conhecimento”, explica.
Programa Trainee - A OAS Empreendimentos oferece 10 vagas para profissionais recém-formados em Engenharia Civil para Salvador, com salário de R$4.800. As inscrições para o Programa de Trainee 2011 estão abertas até o dia 16 de janeiro e podem ser feitas pelo site da www.oasempreendimentos.com. O processo seletivo envolve quatro etapas: provas on-line, dinâmicas de grupo, painel de negócios e entrevista com o gestor da área. O programa tem duração de 15 meses, e compreende módulos de treinamento divididos em oito etapas: integração, finanças, administrativo e financeiro, projetos, qualidade e segurança, planejamento e orçamento, recursos humanos e incorporação, que servirão como base para a apresentação de um projeto final do trabalho como trainee, que será colocado em prática na obra ou área em que está alocado.
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